Crise política abala cúpula do governo Temer e penaliza Bovespa

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/11/2016 11h27
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As ações preferenciais da Usiminas terminaram a sexta-feira (15) valendo R$ 0 Reprodução/Facebook Bovespa

O Ibovespa abriu a sexta-feira (25), em queda e renovou mínima abaixo dos 61 mil pontos. A desvalorização no indicador da Bovespa acontece em meio à crise política que abala o presidente da República, Michel Temer, e que deve levar à saída do ministro Geddel Vieira Lima, secretário de Governo. 

A Coluna do Estadão apurou e divulgou que “Geddel já está com carta de demissão pronta”. Segundo a Coluna, o ministro já tomou a decisão de deixar o governo ainda nessa sexta-feira para tentar estancar a crise política do governo. Geddel vai oficializar sua demissão por causa da acusação de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.

As denúncias à Polícia Federal (PF) do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que levaram na quinta-feira a oposição a começar a organizar um pedido de impeachment do presidente Temer, também contaminam a dinâmica nos mercados de câmbio e de juros futuros. A crise política indica para analistas e operadores que o governo pode perder capacidade de negociar com o Congresso Nacional. 

Além da crise “Geddel”, profissionais do mercado de câmbio mostram preocupação com a discussão na Câmara sobre a anistia para o crime de caixa 2 praticado por políticos. O entendimento é que, caso o perdão ao dinheiro irregular não seja aprovado, deputados e senadores poderão prejudicar o andamento das votações de projetos ligados ao ajuste fiscal. 

Na quinta, a indignação popular via redes sociais levou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a adiar a votação do pacote anticorrupção, do qual faz parte a anistia ao caixa 2. 

Às 10h24, o Ibovespa caía 1,16% aos 60.685,95 pontos.

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