Decisão sobre fonte para recursos ao Rio sairá nos próximos dias, diz Meirelles

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/03/2018 12h37 - Atualizado em 21/03/2018 12h54
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EFE Ele disse que o governo trabalha com três alternativas de fontes para estes recursos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira, 21, que a equipe econômica vai decidir, nos próximos dias, a fonte da qual sairá os recursos para financiar os custos da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, bem como as despesas do Ministério da Segurança Pública, criado recentemente pelo presidente Michel Temer.

Ele disse que o governo trabalha com três alternativas de fontes para estes recursos. São elas: realocação de recursos de outros ministérios, reoneração da folha de pagamentos e emissão de dívidas.

Das três alternativas, o ministro mostra-se mais afeito à reoneração da folha de pagamentos. O problema é que a reoneração depende da revogação da Medida Provisória do governo Dilma Rousseff, que estabeleceu a desoneração. O relator da proposta é o deputado Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro do Esporte de Dilma, e que tem sinalizado que pretende manter a folha de alguns setores com desoneração.

Hoje, mais de 50 setores da economia usufruem da desoneração da folha de pagamento, o que o ministro Meirelles considera uma distorção. O governo pretende limitar o benefício a cerca de quatro. “O governo tem três alternativas: tirar recursos de outras áreas, coletar mais impostos, e aí a única que estamos falando é a correção dessa distorção que é a reoneração da folha, e o endividamento do governo”, disse.

Quanto a uma possível emissão de dívida, o ministro demonstra ser contra e diz que a medida esbarra no teto dos gastos. “Felizmente, no Brasil, temos um limitador importante que é o teto de gastos que impede o aumento descontrolado e insustentável dos gastos públicos”, afirmou.

Meirelles falou na manhã desta quarta-feira na capital paulista para quase 6 mil gerentes do Banco do Brasil no Allianz Parque, a arena do Palmeiras. Ele relatou que sua palestra foi de estímulo aos gerentes. Disse que mostrou a eles a importância do papel do banco para a economia brasileira e do bom relacionamento dos profissionais com os clientes.

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