Defesa de Temer pede a Fachin que envie denúncia direto à Câmara

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/06/2017 18h45
BRA101. BRASILIA (BRASIL), 26/06/2017.- El presidente de Brasil, Michel Temer, participa hoy, lunes 26 de junio de 2017, en una Ceremonia de Sanción de la Ley que regula la Diferenciación de Precio, en el Palacio de Planalto, en la ciudad de Brasilia (Brasil). Temer, que entre hoy y mañana puede ser denunciado formalmente por supuesta corrupción, participó en un acto con empresarios, se mostró sereno y afirmó que "nada" lo "destruirá". EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves EFE- Presidente Michel Temer

O advogado Gustavo Guedes, que defende o presidente Michel Temer (PMDB), denunciado nesta segunda-feira, 26, pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de corrupção passiva no caso JBS, pediu ao ministro Edson Fachin que o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhe diretamente à Câmara a denúncia, sob a argumentação de que, desta forma, a tramitação seria mais rápida.

O pedido foi feito em uma audiência no gabinete de Fachin no fim da tarde desta terça-feira, 27.

Nos bastidores, os comentários feitos pelos aliados de Temer é o de que a tramitação precisa ser o mais rápida possível. 

Segundo Gustavo Guedes, se a denúncia for aberta para a apresentação de uma defesa prévia ainda no STF, isso atrasaria, porque a Corte entra em recesso e porque ainda haveria uma outra fase em que a defesa poderia se manifestar na Câmara. Segundo ele, se for direto para a Câmara, haveria apenas uma manifestação.

A partir de agora, Fachin já pode decidir sobre como vai ser feito o andamento da denúncia contra Temer.

Há duas possibilidades em estudo por Fachin. A primeira é a defendida pela defesa de Temer. Nessa hipótese, Fachin encaminharia a denúncia à presidência do STF, para que a ministra Cármen Lúcia a envie ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A segunda é o relator abrir prazo de 15 dias para a defesa de Temer se manifestar ainda no Supremo, com previsão de ouvir em seguida a PGR, em manifestação de contrarrazões. Essa hipótese é defendida pelo decano da Corte, Celso de Mello.

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