Desemprego bate recorde em outubro e atinge 13,8 milhões de brasileiros

Taxa de desocupação alcançou 14,1% e Brasil soma 3,7 milhões de pessoas a mais na comparação com maio

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2020 11h39 - Atualizado em 01/12/2020 12h31
Jovem Pan Desemprego atinge 14,1% da população, segundo dados do IBGE

A taxa do desemprego bateu novo recorde e chegou a 14,1% em outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 13,8 milhões de brasileiros na fila do desemprego, 300 mil a mais do registrado em setembro, quando o índice foi de 14%. Na comparação com maio, a taxa de desemprego deu um salto de 35,9%, um contingente de 3,7 milhões de pessoas. “Com o retorno das atividades ao redor do país, mais pessoas estão, mês a mês, pressionando o mercado de trabalho em busca de uma ocupação”, afirmou Maria Lúcia, coordenadora da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19.

O número de pessoas sem ocupação avançou nas regiões Nordeste e Norte, alcançando 17,3% e 15,1%, respectivamente. No Sudeste, com índice de 14,2%, e Centro-Oeste, 12,1%, o desemprego se manteve estável na comparação com setembro, enquanto a região Sul, que registrou 9,4% de pessoas sem ocupação, foi a única com regressão nos dados. O levantamento do IBGE também mostra que as mulheres sofrem mais, com desocupação de 17,1%, ante 11,7% dos homens. Por cor ou raça, a taxa era maior entre pretos e pardos, com 16,2%, do que para brancos, que registrou 11,5%. Por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (23,7% para aqueles de 14 a 29 anos de idade) e, por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,8%).

Outubro também registrou aumento da força de trabalho, somando 97,9 milhões de brasileiros. O crescimento é reflexo da redução da população fora da força, que chegou a 72,7 milhões de brasileiros. Já a população ocupada subiu para 84,1 milhões. Isso pode ser observado no aumento dos empregos com carteira (que totalizaram 35,1 milhões) e também da informalidade, que somou 29,0 milhões de pessoas. A taxa de informalidade avançou para 34,5% em outubro. No mês anterior foi de 34,2%. Os dados do mercado de trabalho mostram, ainda, que dos 84,1 milhões de pessoas ocupadas, 94,4% não estavam afastados do trabalho que tinham. Destes, 7,6 milhões estavam trabalhando de forma remota, uma redução na comparação com o mês anterior. quando foi registrado 8,1 milhões. “Apesar da redução da população fora da força, ainda há um contingente considerável de pessoas que não procuraram trabalho devido à pandemia ou por falta de vaga na localidade em que vivem”, acrescentou a coordenadora da pesquisa.

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