Dilma pretende constranger seus ex-ministros contra impeachment

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/08/2016 08h18
BRA10. BRASILIA (BRASIL), 16/08/2016 - La presidenta suspendida de Brasil, Dilma Rousseff, se comprometió hoy, martes 16 de agosto de 2016, durante una conferencia ante los medios de comunicación en Brasilia (Brasil), a promover un plebiscito sobre la posibilidad de adelantar las elecciones previstas para 2019, siempre y cuando sea absuelta en el juicio político que enfrenta y recupere el poder. Rousseff anunció ese compromiso durante un pronunciamiento, en el que presentó los términos de la llamada "Carta a los Brasileños", divulgada diez días antes de que el Senado inicie la fase final del proceso que puede terminar con su destitución. EFE/Cadu Gomes EFE/Cadu Gomes Dilma Rousseff lê carta aos senadores e ao povo brasileiro - EFE

Ao fazer sua defesa pessoalmente no processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff citará ex-ministros que hoje são seus julgadores para mostrar que todos eles acompanharam sua gestão no governo. A ideia é constranger ao menos seis senadores que integravam o primeiro escalão e, na madrugada do dia 10, viraram seus algozes.

A lista dos que foram ministros de Dilma e votaram para transformá-la em ré no processo é composta por Eduardo Braga (PMDB-AM) – que também ocupou o cargo de líder do governo no Senado –, Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Dilma irá ao plenário do Senado no próximo dia 29 e já começou a se preparar para a sabatina. No Palácio da Alvorada, ela participará de um treinamento político para que seja capaz de rebater questionamentos duros, sem sair da linha. A “aula” jurídica será dada por José Eduardo Cardozo, o advogado responsável por sua defesa.

Em reunião no Alvorada na última quinta-feira, 18, os senadores Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e José Pimentel (CE), todos do PT, explicaram à Dilma o formato da sessão de impeachment, a ser comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para a manhã desta sexta-feira, 19, um encontro com a presidente afastada para discutir os detalhes da participação dela no julgamento. Renan embarcou na quinta para o Rio com o presidente em exercício Michel Temer. Foi a primeira vez que os dois viajaram juntos desde 12 maio, quando Dilma foi afastada do cargo.

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