Dilma Rousseff recusa convite de Doria para ser vacinada contra a Covid-19

Em comunicado, a ex-presidente agradeceu o gesto do governador, mas disse ser ‘inaceitável furar a fila de vacinação’ contra a doença

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2021 19h23 - Atualizado em 21/01/2021 21h33
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ERNANI OGATA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Dilma Rousseff Ex-presidente elogiou o SUS e agradeceu colaboração do governo chinês no desenvolvimento da vacina

A ex-presidente da República Dilma Rousseff, de 73 anos, recusou o convite feito pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para receber a vacina contra a Covid-19. Por meio de um comunicado publicado em seu site, a petista agradeceu o tucano, mas disse ser “inaceitável furar a fila” de vacinação. “O Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado e, se é certo que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu, agora, seja beneficiada. É inaceitável ‘furar a fila’, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros”, disse Dilma, que completou, dizendo que, quando puder, irá tomar a vacina. “Aguardarei pacientemente a minha vez e quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a CoronaVac.”

Além disso, a ex-presidente agradeceu a contribuição do SUS, do Instituto Butantan e da Fiocruz, dizendo que são pontos “importantes e estratégicos para a saúde pública no Brasil e para o desenvolvimento das vacinas”. Dilma também criticou as gestões que, segundo ela, “tentaram destruir” a rede pública de saúde. “Denuncio todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, tentaram destruí-los, seja por restrição de recursos orçamentários, seja por visão preconceituosa, como ficou claro na saída dos médicos cubanos, seja por defender propostas privatistas”, afirmou. Ao final do comunicado, a petista agradeceu a “solidariedade” do governo chinês, que tornou possível a parceria para produzir a CoronaVac. “Reconheço e saúdo a solidariedade e a atitude humanitária do governo chinês, que proporcionou a parceria entre o Estado São Paulo/Butantan e o laboratório Sinovac para a importação e a fabricação das vacinas em nosso país. É uma vitória da cooperação entre os povos e da ciência e uma derrota do negacionismo”, concluiu.

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