Dois ministros deixarão cargos para votar contra impeachment no Senado

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/04/2016 08h59
Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. À mesa, senador Paulo Paim (PT/RS) Em discurso, senador José Medeiros (PPS-MT). Foto: Jefferson Rudy /Agência Senado Jefferson Rudy/Agência Senado Senado

Mais dois ministros deverão deixar o governo, mas não por estarem abandonando a presidente Dilma Rousseff, como os demais que deixaram seus cargos até agora. Os senadores e ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro e da Agricultura, Kátia Abreu, vão sair dos seus cargos poucos dias antes da votação em plenário da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para o dia 11 de maio.

O objetivo é assegurar mais dois votos e ajudar a fazer a defesa da petista no Senado nessa reta final. Outra estratégia que poderá ser adotada pelo governo, em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, é dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação questionando se as pedaladas fiscais são crime de responsabilidade, como afirma o pedido de impedimento.

Vários juristas têm sugerido esta proposta ao Planalto, que ainda está em estudo. A ação, no entanto, pode ser “uma faca de dois gumes”. De acordo com assessores palacianos, caso o STF dê razão ao governo, ótimo. Mas o fato é que não há certeza sobre isso e, como o tribunal tem imposto muitas derrotas ao Planalto, há um temor de que, caso o STF diga que pedalada é crime, o fato acabe por ser uma sentença final de condenação antes do final do julgamento. Por isso, a decisão é considerada delicada por alguns assessores ligados à presidente. A deliberação ainda será discutida com os principais nomes de Dilma e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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