Doria apresenta representação à polícia após receber ameaças por quarentena
O criminalista Fernando José da Costa, advogado do governador de São Paulo, João Doria, apresentou à Polícia Civil neste sábado (28) uma representação por crime de ameaça por causa de mensagens enviadas ao celular do chefe do executivo paulista após a determinação de quarentena no estado para conter o avanço do novo coronavírus.
No documento, o defensor de Doria pede que sejam realizadas diligências para identificar os titulares dos números que enviaram as ameaças ao governador e solicita a quebra de sigilo para interceptação telefônica e telemática dos suspeitos.
Doria já havia registrado boletim de ocorrência apontando ter recebido ameaças de morte e de invasão de sua casa. Os ataques levaram a Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes a cercar a residência do emedebista nos Jardins.
Na representação apresentada à Polícia neste sábado, Cota diz que as mensagens enviadas ao celular de Doria ‘traziam em seu teor dizeres não apenas ameaçadores, mas também atentatórios à honra objetiva e subjetiva’ do governador.
A principal mensagem destacada no documento, que caracterizaria o delito de ameaça contra o governador, é: “Doria libera os comércios para trabalhar que senão vamos para a porta da tua casa”. O texto foi enviado por um número em cuja foto de Whatsapp “aparece um indivíduo ainda não identificado fazendo um sinal positivo e abraçado ao Senador Major Olímpio”.
A representação traz ainda outras mensagens que, segundo Costa, “demonstram a inequívoca prática de delitos contra a honra” de Doria. O advogado indica que as mensagens podem configurar crime de injúria e diz que é necessária a coleta dos dados cadastrais dos titulares das linhas que enviaram as mensagens, assim como a “realização da oitiva destas pessoas em caráter emergencial”.
Ao fim da peça, o advogado sinaliza ainda que o número do governador teria “sido indevidamente divulgado a terceiros de alguma maneira”, uma vez que recebeu mensagens nas quais “pessoas solicitam álcool em gel e mencionam que tiveram conhecimento que o peticionário (Doria) estaria realizando a venda de tais produtos”. “Além disso, essas pessoas fizeram uso da seguinte expressão: ‘#doriatraidor'”, encerra.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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