Doria quer punir empresas por agressões cometidas por seguranças

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2019 11h37
ADELEKE ANTHONY FOTE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Dois casos de tortura foram registrados na capital apenas neste mês

O governo do Estado São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou, neste domingo (22), que está estudando maneiras de punir as empresas por agressões cometidas por seus agentes de segurança privada. Segundo ele, os estabelecimentos comerciais devem se responsabilizar por por esse tipo de abuso.

“Nós estamos vendo, no âmbito daquilo que a legislação já confere, punir essas empresas que cometem essas irregularidades”, declarou. Caso as leis atuais não ofereçam ferramentas suficientes, Doria disse que pode encaminhar sugestões de alteração na legislação para garantir a punição das empresas envolvidas em casos de agressão e tortura.

São Paulo registrou dois casos de tortura neste mês

No início de setembro, a Polícia Civil começou uma investigação sobre um vídeo que circulava nas redes sociais mostrando um adolescente nu e amordaçado sendo chicoteado por seguranças do supermercado Ricoy, na zona sul da capital. Após a divulgação do primeiro vídeo, surgiram outras imagens de maus tratos que teriam sido praticados no estabelecimento.

Os dois seguranças acusados de chicotear o jovem foram presos. Em nota, o supermercado afirmou que “todos os casos de agressão, discriminação ou violação dos direitos humanos devem ser punidos com o maior rigor da lei. Por isso o Ricoy está colaborando com as investigações de forma irrestrita e proativa”. O comunicado afirmou, ainda, que o supermercado nunca orientou “qualquer conduta que estimule a violência, a discriminação, a coação, o constrangimento ou a força desmedida e desnecessária”.

Na semana passada, um outro vídeo mostra seguranças batendo com um bastão e usando uma arma de choque contra um homem acusado de furto. O caso aconteceu no Extra Morumbi, na Zona Sul paulistana. A empresa lamentou o fato e disse, por meio de nota, que proíbe o uso de qualquer tipo de violência.

Um inquérito foi aberto no 89º Distrito Policial para apurar os fatos. A empresa de segurança Comando G8, responsável pelo serviço de guarda patrimonial do estabelecimento, afirmou que o funcionário citado foi identificado e afastado.

*Com informações da Agência Brasil

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