Eduardo defende prisão após 2ª instância: ‘Temos que pensar nos brasileiros’

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2019 21h54 - Atualizado em 25/10/2019 21h56
Jovem Pan Para ele, segunda instância já é "tempo suficiente para um processo chegar à verdade necessária para a condenação de alguém"

O atual líder da bancada do PSL na Câmara e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (SP), se manifestou a favor da condenação após segunda instância nesta sexta-feira (25). Eduardo disse que “a análise tem que ser feita em prol do Brasil” e que segunda instância já é “tempo suficiente para um processo chegar à verdade necessária para a condenação de alguém”.

“Acho que na maioria dos países desenvolvidos a prisão ocorre em segunda instância”, continuou. “A gente não pode pensar em se perpetuar no poder, a gente tem que pensar nos brasileiros”, defendeu.

Eduardo lembrou, que se for aprovado o entendimento de que a prisão só pode ocorrer até esgotados os últimos recursos, várias pessoas podem ser soltas da prisão, incluindo detentos da Operação Lava Jato. “Vocês acham que a segurança pública vai melhorar ou piorar com esse pessoal na rua? Estamos cansados de ver no noticiário pessoas sendo presas com a ficha criminal que dá voltas no quarteirão”, afirmou.

PSL

A Executiva Nacional do PSL registrou em cartório nesta quinta-feira (24) um pedido de expulsão de Eduardo do cargo de líder da bancada. Eles querem, ainda, a destituição dele do cargo de presidente do diretório estadual de São Paulo.

O documento é assinado pelo senador Major Olimpio e pelos deputados Abou Anni, Coronel Tadeu, Joice Hasselmann e Júnior Bozzella. Sobre isso, Eduardo lamentou a decisão e disse que esse “é um problema que sempre aparece com o presidente do partido”.

“Quando você nomeia um, todos os demais ficam contrariados. Como o Olimpio desistiu, eu assumi”, explicou.

Ele declarou, ainda, achar estranho que o pedido ocorreu depois da sua desistência de ocupar o cargo de embaixador em Washington, nos Estados Unidos. O filho do presidente Jair Bolsonaro afirmou que “fica” no País para defender a pauta conservadora e o governo do pai.

“Por quê eles estão contra mim? Eu não mudei, eu sou o mesmo. Será que foi a minha desistência de ir pra embaixada, eles se voltaram contra mim, para disputar o poder? Quando eu ia pra Washington, eles estavam certos que iam abocanhar a liderança do PSL em SP”, finalizou.

* Com informações do repórter Afonso Marangoni

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