Eduardo Bolsonaro destitui vice-líderes do partido na Câmara

A decisão foi recebida pela Secretaria-Geral da Mesa na tarde desta segunda-feira (21) e é o primeiro ato de Eduardo à frente da liderança do partido na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2019 18h32 - Atualizado em 21/10/2019 18h37
Matheus Bonomi/Estadão Conteúdo eduardo-bolsonaro.jpg Validado como líder da bancada do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro destituiu todos os vice-líderes do partido nesta segunda-feira (21)

Pouco após ter se tornado líder da bancada do PSL na Câmara, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) destituiu todos os vice-líderes da sigla. O ofício comunicando a decisão chegou até a Secretaria-Geral da Mesa, na Câmara dos Deputados, na tarde desta segunda-feira (21).

A bancada do PSL na Casa é composta por 53 deputados. A decisão é o primeiro ato de Eduardo à frente da liderança do partido na Câmara, após a aprovação de uma lista com 28 nomes. Nas redes sociais, o deputado Delegado Waldir (GO) anunciou que abriria mão do cargo e estaria à disposição do “novo líder”.

A destituição inclui o nome do deputado Júnior Bozella (SP), que afirmara mais cedo que a guerra de listas que desgasta o partido desde a semana passada está longe de acabar. “Podem surgir mais dez, 15 ou 20 listas”, confirmou o deputado ao comentarista da Jovem Pan, Josias de Souza.

A lista mais recente foi validada na manhã desta segunda, pela Secretaria-Geral da Mesa, e colocou Eduardo como líder do PSL na Câmara, destituindo Waldir.

A maioria dos vice-líderes que foram destituídos do cargo fazem parte da ala bivarista da sigla, mas há alguns que apoiam Eduardo como líder.

Os deputados Dayane Pimentel (BA), Nicoletti (RR), Nereu Crispim (RS), Nelson Barbudo (MT), Júnior Bozzella (SP), Julian Lemos (PB), Joice Hasselmann (SP), Heitor Freire (CE), Felício Laterça (RJ), Coronel Tadeu (SP) e Charles Evangelista (MG) foram os que perderam seus cargos de vice-líderes.

A crise interna no partido começou após Jair Bolsonaro articular a destituição de Waldir do cargo de líder do PSL para a nomeação de seu filho durante a semana passada. A manobra, no entanto, não deu certo mesmo com duas listas protocoladas na Câmara, uma com 26 assinaturas e outra com 24 nomes.

Em um movimento da ala bivarista do partido, uma terceira lista – com 29 nomes – pedia o retorno de Waldir à liderança e, na última quinta-feira, o deputado foi validado e reconduzido ao cargo de líder, que já não ocupa mais oficialmente.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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