Eduardo Bolsonaro diz que pretende ficar na liderança do PSL até ‘pelo menos o final do ano’

O parlamentar afirmou ainda que não haverá retaliações no partido e que trabalha para retornar ‘o status quo do PSL diante dessa semana conturbada’

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2019 17h41
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados O deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), nomeado líder do PSL na Câmara nesta segunda

O deputado federal e atual líder do PSL na Câmara Eduardo Bolsonaro (SP) afirmou nesta terça-feira (22) que sua intenção é permanecer na liderança até “pelo menos o final do ano”. A declaração foi dada ao jornalista da Jovem Pan José Maria Trindade nos corredores do Congresso Nacional, em Brasília.

Eduardo também garantiu que não haverá retaliações a nenhum parlamentar dentro da sigla. “Não haverá retaliação, eu estou retornando nas comissões os deputados que estavam antes de toda essa confusão, estou retornando o status quo diante dessa semana conturbada do PSL”, afirmou.

A semana conturbada no PSL à qual Eduardo se refere teve início após a indicação de seu nome para a liderança do partido na Câmara no lugar do Delegado Waldir (GO), feita por Jair Bolsonaro. Na ocasião, o presidente foi gravado por um dos presentes articulando a saída de Waldir. A manobra, no entanto, não deu certo.

A crise no partido se intensificou após Waldir afirmar, sem saber que estava sendo gravado em reunião do partido, que “implodira o presidente”, chamando Bolsonaro de “vagabundo”.

Como retaliação aos deputados que assinaram a primeira lista pela nomeação de Eduardo como líder, o PSL cogitou expulsar cinco parlamentares da legenda. Destituído do cargo nesta segunda, Waldir informou que estaria “à disposição do novo líder para, de forma transparente, passar a liderança”.

A nova lista aprovada pelo Secretaria-Geral da Mesa, na Câmara dos Deputados, foi apresentada pelo deputado Major Vitor Hugo (GO) nesta segunda-feira (21), com 28 nomes favoráveis a liderança de Eduardo, e pegou a ala bivarista do partido de surpresa.

Eduardo classificou como “conturbada” sua estreia como líder. “Foi conturbada, né. Tem orçamento rolando, colégio de líderes, Alcântara [projeto sobre a Base de Alcântara que tramita no Congresso] e a imprensa aqui pra lá e pra cá, mal consigo andar”, avaliou o deputado. “Nunca fui tão assediado pela imprensa, eu dou um passo fora do plenário e falo com vocês”, completou.

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