Em audiência na Polícia Federal do Paraná, Lula fica em silêncio
Em audiência realizada nesta sexta-feira (5) na Polícia Federal no Paraná, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou em silêncio. A defesa do petista alegou que não teve acesso aos autos, por isso não poderia responder às indagações.
A audiência ocorreu no âmbito de dois inquéritos criminais em que Lula é citado. Em um, por suposta lavagem de dinheiro, corrupção e cartel em contratos da usina de Belo Monte. No outro, por ser apontado como beneficiário de propinas da Odebrecht na construção de navios sonda pela Sete Brasil.
O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão – no processo do triplex do Guarujá – em uma sala especial da PF em Curitiba desde abril de 2018.
O que diz a defesa
Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que “o ex-presidente é o maior interessado na verdade dos fatos, porque não praticou qualquer ato ilícito”.
“Mas o seu depoimento deve ocorrer dentro das regras do Estado de Direito e um dos pressupostos para isso é o conhecimento de todos os elementos já documentados ao longo da investigação, o que ainda não ocorreu, a despeito de termos obtido uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal para essa finalidade. Diante disso e de outros aspectos já formalizados nos autos, orientamos nesta data o ex-Presidente a prestar seus esclarecimentos após termos acesso a todos os documentos que instruem o inquérito policial, nos termos assegurados pela Súmula Vinculante nº 14, editada pelo Supremo Tribunal Federal, e pelo art. 7º, inciso XIV, do Estatuto do Advogado”, declarou.
*Com Estadão Conteúdo
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