Em live, Lula diz que ‘quem anda armado é covarde’ e ‘não quer fazer o bem’

Presidente faz crítica velada a Jair Bolsonaro sobre armamento da população e afirma que ‘pessoas do bem’ não devem andar armadas

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2023 14h03 - Atualizado em 14/08/2023 14h05
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Ricardo Stuckert/PR Lula durante o programa 'Conversa com o Presidente' Lula durante o programa 'Conversa com o Presidente'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez novas críticas ao porte e à posse de armas de fogo, nesta segunda-feira, 14. Durante o programa “Conversa com o Presidente”, o chefe do poder Executivo afirmou que pessoas que andam armadas são “covardes”. Lula falava sobre o acirramento político e brigas entre familiares e amigos motivadas por divergência política. Ao concluir o raciocínio, o presidente afirmou que pessoas que querem ter arma “não querem fazer o bem” e também fez uma crítica velada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não leve a política para a mesa onde você está comendo […] Eu e o meu irmão, o Frei Chico, tínhamos pensamento político diferente. A gente nunca discutiu política dentro de casa quando a gente ia ver minha mãe. Porque você não pode transformar o núcleo familiar, que é parte primeira de uma sociedade, em um espaço de guerra”, disse.

“Depois que apareceu alguém querendo armar o povo brasileiro, quem é que quer comprar arma? É o crime organizado e algumas pessoas que não querem fazer bem para ninguém. Eu não quero ter arma dentro de casa para fazer bem. Se eu tiver arma é para me livrar de alguém. Tem gente que gosta de sair armado para mostrar que é poderoso. Não, não é verdade, é um covarde. Quem anda armado é um covarde. Tem medo. Se você não tiver medo e você for do bem, você não tem que andar armado. Se alguém lhe ofender, se um cachorro late para a gente, a gente não late de volta para o cachorro”, afirmou.

Antes de entrar no tema, Lula falava sobre a relação com o Congresso. Questionado pela oposição e por setores da esquerda sobre alianças com partidos do CentrãoPP e Republicanos -, o presidente afirmou que o diálogo é necessário. “É preciso apenas a gente reaprender a viver democraticamente de forma feliz, alegre. Eu não quero saber de que time o cara é, que igreja ele frequenta, o pastor, o padre dele. Isso é da pessoa. Eu quero saber que eu tenho que respeitar ele, mesmo pensando diferente e ele me respeitar. [ assim que tem que ser no Congresso Nacional, é assim que tem que ser entre os partidos políticos e é assim que tem que ser na sociedade como um todo”, concluiu Lula.

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