Em meio à pandemia, Bolsonaro segue com boa avaliação, aponta Datafolha

Maior aceitação é entre grupo de empresários (56%) e entre moradores da região Centro-Oeste e Norte (4%)

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2020 17h20 - Atualizado em 13/12/2020 17h20
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 22/10/2020 Presidente Jair Bolsonaro na formatura dos alunos do Instituto Rio Branco imposição de insígnias da Ordem de Rio Branco

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantém uma boa avaliação mesmo em meio a pandemia da Covid-19, onde tem sido muito criticado por sua postura em relação às medidas de proteção e contra a vacinação. O Datafolha divulgou os resultados de sua última pesquisa de avaliação do governo federal neste domingo, 13. A consulta feita com 2.016 pessoas por telefone nos dias 8 e 10 de dezembro apontou que 37% dos entrevistados avaliam o presidente como bom ou ótimo, mesmo nível da pesquisa de 29 e 30 de agosto. Os que veem o governo como ruim ou péssimo caiu de 34% para 32%, e os que avaliam com regular subiram de 27% para 29%.

Mesmo mantendo seus índices de meses atrás, Bolsonaro segue como o presidente com pior avaliação desde Fernando Collor, nos anos de 1990-92. No mesmo momento do mandato, Collor tinha uma rejeição de 48% e aprovação de apenas 15%. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tinha 45%, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 47% e Dilma Rousseff (PT), 62%, tiveram avaliações superiores à Bolsonaro no mesmo período de governança.

O Datafolha também considerou a avaliação entre os grupos sociais. O presidente é mais aceito entre empresários (56%), entre moradores do Centro-Oeste/Norte (47%), entre assalariados sem registro (46%), entre homens (42%) e no grupo que ganha de 5 a 10 salários mínimos (41%). Em contrapartida, sua rejeição é maior entre estudantes (49%), principalmente aqueles que tem ensino superior (48%). Pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos (47%), que vivem em regiões metropolitanas (40%) e entre pretos (36%) sua rejeição é alta. A pesquisa foi encomendada pela Folha de S. Paulo e tem margem de erro entre dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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