Arthur Lira nega que tenha prometido mudanças na Lei da Ficha Limpa

O candidato à presidência da Câmara dos Deputados está sendo acusado de prometer alterações na legislação em troca de votos da esquerda e da centro-esquerda

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2020 16h49
Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados Arthur Lira O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral publicou nota de repúdio contra a suposta barganha que estaria sendo orquestrada por Arthur Lira

O candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou as acusações de que estaria prometendo mudanças na Lei da Ficha Limpa em troca de votos da oposição, ou seja, de partidos de esquerda e centro-esquerda. Através do seu perfil no Twitter, o aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou: “Ao chegarmos à reta final das sessões legislativas de 2020 nesta semana, reafirmamos a nossa disposição de votar projetos essenciais. Alguns deles acabaram empurrados para 2021, quando precisaremos da Câmara uma agenda eficiente para garantir a retomada econômica do Brasil. É importante nesse processo olharmos pelo equilíbrio fiscal do país, limitado ao teto de gastos, desfazendo informações equivocadas publicadas. Movimento que adiciona um falso apoio a mudanças na lei de Ficha Limpa. Não há!”.

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral já tinha publicado uma nota de repúdio contra a suposta barganha que estaria sendo orquestrada por Arthur Lira na quarta-feira, 9. No texto, a organização que reúne uma série de entidades da sociedade civil pediu que a população acompanhasse o processo de sucessão da Câmara dos Deputados. Os 133 votos dos partidos de oposição são o fiel da balança da disputa entre o líder do Centrão e o candidato ainda não definido que será apoiado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O Palácio do Planalto também estaria atuado para viabilizar a eleição de Lira. Os deputados têm participado de reuniões no gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para ouvir os argumentos do governo em defesa da eleição do líder do Centrão. De lá, saem com promessas de emendas parlamentares, algumas além daquelas a que já têm direito, e de cargos a preencher em seus redutos eleitorais.

*Com Estadão Conteúdo

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