Em ofício, Procuradoria diz que delação de Odebrecht não está fechada

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/06/2016 16h22
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A general view of the headquarters of Odebrecht, a large private Brazilian construction firm, in Sao Paulo in this November 14, 2014 file photo. Brazilian police on June 19, 2015, arrested Marcelo Odebrecht, the head of Latin America's largest engineering and construction company Odebrecht SA, local media said, pulling the most high-profile executive into the corruption investigation at state-run oil firm Petrobras. Federal officers had orders to arrest a total of 12 people in four states and bring them to the southern city of Curitiba where the investigation is based, according to a federal police statement that did not give the names of the detained. REUTERS/Paulo Whitaker/Files Reuters Odebrecht

Em ofício encaminhado ao juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira, 20, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba informou que “não há acordo de colaboração” com executivos da Odebrecht e nem acordo de leniência com a empreiteira e pediu ao juiz da Lava Jato que dê prosseguimento a uma das ações penais contra executivos e ex-executivos da empresa.

Apesar de negar que a colaboração esteja fechada, desde o começo do mês, integrantes da força-tarefa e da empreiteira vem se reunindo para negociar os termos da colaboração que deve envolver vários políticos com foro privilegiado.

A petição foi protocolada na segunda ação penal que mira os contratos da maior empreiteira do País na Petrobras e acusa os executivos da empresa de crimes como lavagem de dinheiro e corrupção. No dia 1 de junho, Moro havia suspendido esta ação por 30 dias após vir à tona a notícia de que a empresa estaria negociando uma colaboração “definitiva” com o Ministério Público Federal.

Agora, porém, os procuradores deixaram claro ao juiz que não há nenhum acordo fechado com a maior empreiteira do País nem com seus executivos que foram enquadrado pela maior operação de combate à corrupção que avança agora sobre novas offshores utilizadas pela Odebrecht para o pagamento de propinas e outros setores de atuação da empresa, que tem obras em todo o mundo.

Marcelo Odebrecht e outros nomes ligados à empresa já foram condenados na primeira ação contra eles na Lava Jato e ainda respondem a outras duas acusações em trâmite perante o juiz Sérgio Moro.

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