Embaixador palestino diz que manifestação de Hamas sobre Bolsonaro é só posição política
O embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Alzeben, minimizou as críticas do grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, à visita do presidente Jair Bolsonaro a Israel. Ele classificou a nota do movimento palestino apenas como a “posição política de um grupo”. Também negou que a manifestação coloque o Brasil entre os inimigos do Hamas e defendeu que os canais diplomáticos sejam usados para eventuais esclarecimentos.
O Hamas divulgou uma nota nesta segunda-feira, 1º, afirmando que a visita de Bolsonaro à Jerusalém viola leis internacionais e contradiz a histórica atitude do povo brasileiro de apoio à causa palestina. O grupo também condenou a decisão do presidente brasileiro de abrir um escritório de negócios em Jerusalém.
“É só uma posição política de um grupo palestino. Neste caso, a posição do nosso governo, que já foi anunciada ontem e ratificada hoje, é que estamos aguardando ordens para ver desdobramentos”, disse Alzeben.
O embaixador afirmou, ainda, que não há ameaças ou retaliações contra o governo brasileiro. “Não se trata de ameaças ou de retaliações. Os canais diplomáticos é que vão resolver e esclarecer essa situação”, declarou.
Mais cedo, Alzeben afirmou que vai “reiterar” um pedido de audiência com Bolsonaro após o retorno da viagem do presidente a Israel, solicitada por embaixadores de países árabes há mais de 15 dias.
O objetivo, disse, é “preservar e cuidar das relações entre Brasil e mundo árabe”, que classificou como sendo “de uma importância sem igual”. Ele é decano do grupo de embaixadores.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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