Empreiteiro é dispensado da CPI da Petrobras ao escolher silêncio

  • Por com Agência Câmara Notícias
  • 28/05/2015 10h22
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Nesta quinta-feira (28), José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da Construtora OAS, disse à CPI da Petrobras que usaria seu direito de não responder perguntas dos deputados. Por conta disso, ele foi dispensado pelo presidente em exercício da CPI, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Ele seria ouvido como investigado e tinha o direito de permanecer calado para não se autoincriminar. O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), chegou a perguntar a ele se responderia a perguntas em uma sessão secreta. “Por orientação de meus advogados vou permanecer em silêncio”, limitou-se a dizer Breghirolli. Na semana passada, o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, também ficou em silêncio na CPI.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o nome de Nogueira aparece 26 vezes na lista de visitantes do escritório de Youssef em São Paulo (SP). Também existem diversas mensagens interceptadas entre ele e Youssef relativas a entrega de dinheiro a terceiros. Segundo o órgão, Nogueira “era o responsável, junto à OAS, pelos contatos e negócios com Alberto Youssef, inclusive para remessas fraudulentas ao exterior”, além de várias entregas de um total de R$ 676 mil em endereços indicados pelo doleiro.

Ele foi preso em maio e, em depoimento à Justiça, ficou em silêncio. Mas entregou ao juiz Sérgio Moro uma petição em que se diz inocente das acusações. No documento, ele afirma que nunca teve contato “com agentes públicos ou políticos”, não conhecia qualquer funcionário da Petrobras, não conheceu os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa, Renato Duque ou Nestor Cerveró nem tinha “contato dentro da OAS com as pessoas de José Adelmário (Léo Pinheiro) e Agenor Medeiros” – outros executivos da empreiteira processados.

Ele alegou que visitou o escritório de Youssef duas vezes para entregar “documentos a pedido da empresa, cujo conteúdo desconhecia”.

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