Ex-aliado, Mansur renega Cunha em campanha para mandato tampão

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/07/2016 13h59
Agência Camara Beto Mansur

O deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, criticou, nesta terça-feira (12), a estratégia do colega Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta conquistar votos para a eleição da presidência da Casa entre antigos adversários, “ele cometeu um erro político ao buscar votos no PT. Não dá para fazer alianças exóticas. A política não permite isso”. 

O parlamentar do PRB registrará sua candidatura, por volta das 15hs30, na Secretaria-Geral da Mesa. A avaliação dele é que Maia, que tenta ser o candidato único do bloco formado pela antiga oposição, não terá os votos petistas e ainda pode perder o apoio do PSDB devido ao gesto. 

Ex-aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Mansur agora tenta descolar seu nome do ex-presidente da Câmara, “nunca tive relação com Eduardo Cunha. Ele devia ter renunciado no dia seguinte ao impeachment (da Dilma), mas deixou sangrando a Casa. Se o caso vier ao Plenário, ele será cassado. A agenda dele não pode se confundir com a agenda da Câmara”, pontuou. 

O deputado minimiza o fato de ser o líder de pendências judiciais entre os candidatos ao comando da Casa. Entre outros processos, o parlamentar responde a um por exploração de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda no interior de Goiás. O caso envolve 46 trabalhadores, sete dos quais eram menores de idade na época.

“Isso tem um peso político, mas não sou alvo de nenhuma ação por desvio de dinheiro público e o trabalho escravo não se configurou no caso da fazenda”. O político, que é de Santos, no litoral paulista, espera deixar como seu “legado” um prédio de R$ 300 milhões que será usado como anexo para receber gabinetes de deputados.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.