Ex-secretários assinam nota de apoio a Alckmin após denúncia por crimes eleitorais

Documento com 62 nomes inclui Bruno Covas, Márcio França e Andrea Matarazzo; ex-governador foi denunciado pelo MP-SP por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2020 15h29
Secom Denúncia envolve as eleições para o governo de São Paulo em 2010 e 2014

Ex-secretários da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) no governo de São Paulo divulgaram um abaixo-assinado em apoio ao tucano, que na semana passada foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente cometidos durante a sua campanha para o Palácio dos Bandeirantes, em 2010, e na reeleição de 2014. A lista possui 62 nomes, e inclui os atuais candidatos a Prefeitura de São Paulo Bruno Covas (PSDB), Márcio França (PSB) e Andrea Matarazzo (PSD).

“Nós, que tivemos a honra e o privilégio de trabalhar com o ex-governador Geraldo Alckmin, testemunhando a sua diuturna preocupação com os mais elevados valores éticos, sérios compromissos republicanos e democráticos, manifestamos publicamente a nossa solidariedade a ele neste momento, a certeza de que no tempo certo a Justiça se pronunciará definitivamente sobre os fatos noticiados recentemente, proclamando o que por todos já é sabido, a improcedência das atribuições que lhe foram dirigidas”, informa o documento.

O ex-governador foi denunciado pelo MP-SP após o indiciamento da Polícia Federal  com base em delações de executivos da Odebrecht. Segundo a denúncia, Alckmin teria recebido R$ 2 milhões em espécie dos empreiteiros durante a campanha eleitoral de 2010, e R$ 9,3 milhões no pleito de 2014. Os valores não foram registrados nas prestações de conta do candidato, apontaram as investigações.

À época das denúncias, o tucano afirmou que as acusações eram “infundadas e não encontram suporte nos fatos.” Além do ex-governador, também foram envolvidos Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014, Sebastião Eduardo Alves, ex-assessor de Alckmin, e ex-executivos da empreiteira.

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