Forças Armadas e PRF farão cerco também pelo mar, diz Jungmann

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/01/2018 14h05
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Jungmann não antecipou, no entanto, quando e onde elas serão realizadas, mas advertiu que todo o trabalho está visando, não só os traficantes e ladrões de cargas, mas também os receptadores

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que, depois das operações que estão sendo realizadas desde a madrugada desta quinta-feira, 25, nas rodovias federais do Rio de Janeiro para combater o tráfico de drogas e armas, além do roubo de cargas, o governo federal fará outras ações integradas só que no mar, com a mesma finalidade. Jungmann não antecipou, no entanto, quando e onde elas serão realizadas, mas advertiu que todo o trabalho está visando, não só os traficantes e ladrões de cargas, mas também os receptadores.

Mais de três mil homens das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) estão trabalhando nesta operação, ao lado da Polícia Rodoviária Federal. A intensificação foi necessária, segundo o ministro, porque o roubo de cargas, que havia diminuído 10% de 2016 para 2017, voltou a subir após os bandidos mudarem o “modus operandi” para driblar o trabalho das polícias.

Jungmann informou que o trabalho já faz parte do Plano Rio 2018, que se estenderá ao longo do ano, quando as tropas federais estarão atuando no Estado, por determinação do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que vai vigorar até 31 de dezembro.

“Vamos agir sempre de surpresa e não haverá prazo para término. Enquanto estiver a GLO funcionando, esta será uma ação permanente”, declarou Jungmann. Ele lembrou que o Rio é uma grande rota de acesso de armas e drogas. A maior parte delas chega por meio terrestre, daí a necessidade de reforço ao trabalho da PRF, detectando “caravanas de bandidos” e bloqueando-as. Segundo Jungmann, há “bondes de criminosos” nas estradas do Rio de Janeiro. “São caravanas de bandidos que vão assaltar, roubar cargas e trazer armas, munições e drogas que precisamos combater”, prosseguiu o ministro.

O chefe do Estado Maior das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, informou que as tropas “vão sair e voltar inúmeras vezes, buscando criar incerteza sobre quando e onde atuarão, com diferenciado efetivo e, em muitos casos, atuando junto com as forças estaduais, no combate às quadrilhas especializadas em roubos, a identificação e prisão delas, tarefa esta que é da polícia judiciária”. Ele reiterou que as organizações criminosas mudaram local e modo de atuação”, daí a necessidade de diversificar as ações e ampliá-las.

Carnaval

Não está prevista a atuação das Forças Armadas nas ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval, para ajudar no policiamento, segundo Sobrinho. De acordo com ele, a exemplo do que aconteceu no Rio de Janeiro no réveillon, outro grande evento da cidade, o governo federal acredita que as tropas da Polícia Militar do Estado têm todas as condições de dar a devida segurança à população.

“Toda esta operação não tem nada a ver com carnaval”, disse ele, acrescentando que “não está previsto reforço de homens” das Forças Armadas para o período. “Consideramos que o governo do Rio têm todas as condições” de oferecer segurança à população, como aconteceu no final do ano.

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