Governo anuncia que fornecimento de energia chegou a 80% no Amapá

Unidade geradora entrou em operação nesta manhã; ministro Bento Albuquerque afirmou que energia será retomada em 100% dos municípios por volta da próxima segunda-feira

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2020 16h03 - Atualizado em 11/11/2020 17h02
MAKSUEL MARTINS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 10/11/2020 Moradores da capital do Amapá, em Macapá, fazem protestos na noite desta terça-feira, 10, durante apagão que afetou o Estado na última semana. Na foto, ruas são interditadas com fogo em pneus.

Uma unidade geradora na Usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes entrou em operação na manhã desta quarta-feira, 11, no Amapá. Com isso, o fornecimento de energia aumentou em 10%, chegando a 80% do total, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. A usina fica em Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá. Há cerca de uma semana, um apagão no estado deixou 89% da população sem luz, e causou prejuízos ao comércio, ao fornecimento de água potável e ao sistema de telecomunicações. Parte da energia em 13 dos 16 municípios do estado foi retomada no sábado, 7, e o governo estabeleceu um rodízio do fornecimento de luz com duração de seis horas, por regiões.

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 9, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que a luz só será retomada em 100% dos municípios por volta da próxima segunda-feira, 16, quando devem chegar os geradores termelétricos de grande porte que estão sendo transportados para Macapá. A causa do apagão ainda não foi determinada, mas a principal conclusão é que um incêndio atingiu a subestação de energia elétrica localizada na Zona Norte da capital Macapá. “O que sabemos é que houve uma tempestade muito forte na cidade de Macapá, com muita incidência de raios, e algumas pessoas acreditam que um dos raios atingiu um dos três transformadores que explodiu, seguido de um incêndio, que afetou outro transformador que estava em linha”, explicou o ministro.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já iniciou os procedimentos administrativos para apurar as responsabilidades da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) pelo apagão, e a concessão da empresa responsável, a espanhola Isolux, pode ser cassada. “O que ocorreu no Amapá é inaceitável e inadmissível, não é possível que um estado interligado ao sistema nacional sofra um apagão e e leve três dias para restabelecer parte de sua carga”, afirmou Albuquerque. “O importante é que a população saiba que todas as autoridades e empresas estão fazendo um esforço muito grande, e não só na questão da energia. Foi estabelecida uma operação de guerra para prestar todo o apoio a população do Amapá”, continuou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.