Grupos pró-Lula invadem Globo de Salvador

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2018 10h59 - Atualizado em 17/04/2018 11h04
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Divulgação/CUT Com gritos de "Lula livre" e bandeiras vermelhas, apoiadores de Lula invadiram a área externa do prédio da filial da Globo na Bahia

Cerca de 150 integrantes da Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo e Central Única de Trabalhadores (CUT), grupos que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), invadiram o prédio da Rede Bahia, filiada da Globo em Salvador (BA), na manhã desta terça-feira (17).

Imagens divulgadas pela CUT da Bahia, que integra o grupo, mostram que eles picharam na rua em frente à empresa os dizeres “Tv Bahia golpista” e “Lula Livre”. Os movimentos levaram faixas em que classificam a emissora de televisão como “inimiga da democracia e dos trabalhadores”.

A PM já está no local e o 41ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) acompanha o ato.

Os manifestantes são contrários à prisão de Lula na Lava Jato.

A CUT BAhia , Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam ato nesta manhã, 17, no Dia Nacional de Luta Contra o…

Publicado por CUT Bahia em Terça-feira, 17 de abril de 2018

Na segunda (16), integrantes do MTST invadiram o condomínio Solaris, no Guarujá, e ocuparam o tríplex que teria sido reservado e reformado como propina a Lula. A ocupação durou cerca de quatro horas antes de eles deixarem o local após acordo com a polícia paulista.

Nesta terça (17), manifestantes pró-Lula invadiram uma fazenda do dono do Bahamas Club, Oscar Marone, que distribuiu cervejas de graça após a prisão do ex-presidente para comemorar.

Na segunda (16) o líder do MST João Pedro Stédile, que defende invasões em apoio a Lula, incentivou os militantes a hostilizarem e atacarem a imprensa, em discurso no Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF. “Não pode deixar a Rede Globo em paz. Joguem ovos ou joguem o que tiverem. A Globo é a nossa inimiga”.

No último discurso antes de ser preso no dia 7, Lula fez duras críticas à imprensa, acusando os meios de comunicação de mentir contra ele, atacá-lo e influenciar o julgamento no qual foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por recebimento de propina da OAS no caso do triplex do Guarujá.

No ato que antecedeu a detenção em São Bernardo do Campo, diversos jornalistas foram agredidos por manifestantes pró-Lula a ovadas, tapas, ameaças e ofensas, inclusive um repórter da Jovem Pan, que foi intimidado:

Na época, o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, divulgou nota na qual condenou os ataques aos profissionais de imprensa e disse que a hostilidade contra os profissionais foi desincentivada, linkando um vídeo de menos de um minuto em que o presidente da CUT, Vagner Freitas, pede a não agressão aos jornalistas. No entanto, o órgão relacionou os atos de violência à “política das grandes empresas de comunicação, que apoiam o golpe” e disse que a retomada da democracia “só será possível com Lula livre”.

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