GCMs suspeitos de extorsão a comerciantes na Cracolândia exigiam taxa em troca de proteção

Operação visa desmantelar rede de crimes que não se limita ao tráfico de drogas, mas também abrange comércio ilegal de peças de carros, armas e celulares, exploração da prostituição e trabalho análogo à escravidão

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2024 20h50
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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO Forças de segurança realizam operação policial na região da Cracolândia Forças de segurança realizam operação policial na região da Cracolândia

Uma força-tarefa com mais de mil agentes iniciou uma operação contra o crime organizado na Cracolândia e áreas adjacentes do Centro de São Paulo, dominadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, denominada Salus et Dignitas — que significa saúde e dignidade em latim — cumpriu sete mandados de prisão, 117 de busca e apreensão, 46 de arresto e bloqueio de bens, e 44 de interdição de imóveis comerciais. Esses mandados foram autorizados pela 1.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. Os imóveis interditados, incluindo hospedarias, estacionamentos, ferros-velhos e lojas, serão lacrados para impedir a retomada das atividades criminosas. Famílias residentes em alguns desses locais estão sendo realocadas para centros de acolhimento, conforme informou a Secretaria de Segurança de São Paulo.

A operação visa desmantelar uma vasta rede de crimes, que não se limita ao tráfico de drogas, mas também abrange comércio ilegal de peças de carros, armas e celulares, exploração da prostituição, captura ilegal de rádios transmissores da polícia e trabalho análogo à escravidão. Entre os suspeitos dos mandados de prisão estão guardas-civis metropolitanos acusados de extorquir comerciantes na Cracolândia em troca de “proteção” e de vender armas ilegalmente. O Ministério Público de São Paulo esclareceu que a investigação busca desarticular um “ecossistema de atividades ilícitas” operado pelo PCC e por grupos criminosos organizados, que explora pessoas em situação de vulnerabilidade.  A presença do PCC na área favorece a maximização dos lucros por meio de atividades ilegais.

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Participam da operação promotores do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público do Trabalho. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou sobre a operação em suas redes sociais, destacando: “Vamos devolver o centro às pessoas.”

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Felipe Cerqueira

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