General Heleno: divulgar íntegra de vídeo de reunião é ‘ato impatriótico’
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou nesta quarta-feira (13) que a divulgação da íntegra da gravação da reunião ministerial de 22 de abril seria “um ato impatriótico”.
Para Heleno, defender a divulgação com o intuito de “atender a interesses políticos, é um ato impatriótico, quase um atentado à segurança nacional”.
A reunião interministerial é citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro como um exemplo da tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal (PF). O vídeo está em posse do Supremo Tribunal Federalt (STF), no âmbito do inquérito que apura as acusações feitas por Moro ao deixar o governo.
Nas reuniões, segundo Heleno, são tratados “assuntos confidenciais e até secretos”.
Pleitear que seja divulgado, inteiramente, o vídeo de uma Reunião Ministerial, com assuntos confidenciais e até secretos, para atender a interesses políticos, é um ato impatriótico, quase um atentado à segurança nacional. pic.twitter.com/fwTaKcG9OQ
— General Heleno (@gen_heleno) May 13, 2020
Bolsonaro chegou a defender a divulgação de trechos pertinentes ao inquérito, cujo relator é o ministro Celso de Mello, decano do Supremo. Ele também disse que a divulgação do vídeo é “última cartada midiática” e que não agiu para “proteção de sua família”.
A defesa de Moro defende a divulgação “preferencialmente na íntegra” do vídeo.
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