Gilmar Mendes determina que Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, volte à prisão

Ministro ainda cobrou a realização do julgamento; mulher é acusada juntamente com o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, Dr. Jairinho, pelo crime cometido em 2021, no Rio de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2023 22h03
Vitor Brugger/AM Press/Estadão Conteúdo Cercada por policiais e fotógrafos, Monique Medeiros, mãe de Henry, entra no carro da polícia Monique Medeiros é acusada de participar da morte do próprio filho, em 2021

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Monique Medeiros, acusada de participação na morte do próprio filho, Henry Borel, volte à prisão. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 5, após um recurso protocolado pelo pai do menino, Leniel Borel, contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que revogou a prisão da acusada. A mulher aguardava julgamento por júri popular em liberdade. O ministro considerou que a decisão “se divorcia da realidade dos autos, como também afronta jurisprudência pacífica deste tribunal, a justificar o acolhimento da pretensão recursal”. Mendes ainda cobrou a realização do julgamento. “Nada justifica que um delito dessa natureza permaneça, até hoje, sem solução definitiva no âmbito da Justiça Criminal, a projetar uma grave sensação de insegurança entre os membros da comunidade”, concluiu.

Agora, o Supremo vai comunicar a Justiça do Rio de Janeiro sobre a decisão. Posteriormente, a prisão deverá ser efetuada. Henry Borel morreu aos 4 anos no dia 8 de março de 2021, no Rio de Janeiro. Investigações apontam que a criança sofria agressões do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, namorado de Monique Medeiros na época do crime. Ambos negam o crime. Na versão dos acusados, o menino se machucou ao cair da cama onde dormia. A data do julgamento ainda será marcada pela Justiça.

 

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