Governadores da Amazônia fecham acordo com Noruega, Reino Unido, Alemanha e França

  • Por Jovem Pan
  • 13/09/2019 16h20
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Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Queimadas e desmatamento na Amazônia Representantes dos países debateram acordos no âmbito do Fundo Amazônia

Governadores de estados da Amazônia Legal se reuniram nesta sexta-feira (13), em Brasília, com representantes das embaixadas da Noruega, Reino Unido, Alemanha e França para discutir acordos no âmbito do Fundo Amazônia.

No encontro, ficou acertado que, daqui a 30 dias, será detalhada uma agenda de apoio financeiro a programas de combate ao desmatamento na região. A ideia é fechar programas com cada estado ou por meio do Consórcio Amazônia Legal, que reúne os nove da região.

“Em 30 dias teremos um encontro com respostas mais efetivas do que nós apresentamos. Todos querem a preservação do Fundo Amazônia, buscando alternativas que possam ampliar as oportunidades”, disse o governador do Pará, Helder Barbalho.

Além dele, estiveram presentes os governadores Mauro Carlesse (Tocantins), Wilson Lima (Amazonas), Mauro Mendes (Mato Grosso), Antônio Denarium (Roraima), Major Rocha (Acre), Carlos Brandão (vice-governador do Maranhão) e Zé Jodan (vice-governador de Rondônia).

Sobre o Fundo Amazônia

Criado em 2007, o Fundo Amazônia é um programa tocado pelo governo federal, em parceria direta com os países europeus. A possibilidade de o acordo acabar acendeu um alerta nos estados, que analisam a possibilidade de abrir um canal direto com os doadores internacionais, inclusive sem a participação do BNDES. Os recursos, avaliam, poderiam ser direcionados, inclusive, a instituições financeiras estaduais, como o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Pará.

Helder disse ainda que a Noruega vai fazer uma contratação internacional de um sistema com imagens de todo o planeta e que esse recurso será disponibilizado como uma ferramenta gratuita de monitoramento para quem desejar. “É um contrato global deles que poderemos usar no apoio ao monitoramento”, comentou.

Os governos da Amazônia discutiram formas de oferecer áreas para cuidados dos países europeus, em troca de créditos de carbono que possam ser comprados por empresas internacionais. “Nós debatemos diversos assuntos, reforçamos o desejo da continuidade e da importância do Fundo Amazônia”, comentou Helder. “Sinalizamos com essa possibilidade de haver um diálogo direto com os estados, individualmente ou por meio do consórcio.”

Alemanha e Reino Unido

Paralelamente ao Fundo Amazônia, Alemanha e Reino Unido têm realizado convênios pontuais com estados da região para financiar iniciativas de combate ao desmatamento. Esses, no entanto, estão longe do potencial dos R$ 3,4 bilhões doados, a fundo perdido, pela Noruega (94%) e Alemanha (5,5%). Por isso, os estados consideram crucial a continuidade do acesso aos recursos, mesmo sem a participação federal.

*Com Estadão Conteúdo

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