Governo já liberou mais de R$ 60 milhões para ações no litoral norte de SP

Ministros se reuniram nesta sexta-feira, 24, com 12 prefeitos da região para ouvir demandas e sugestões para minimizar riscos de novas tragédias

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2023 13h24 - Atualizado em 24/02/2023 13h26
NELSON ALMEIDA/AFP Vista de uma área afetada por enchentes no distrito de Juquehy em São Sebastião Vista de uma área afetada por enchentes no distrito de Juquehy em São Sebastião, estado de São Paulo, Brasil, em 20 de fevereiro de 2023. - Inundações e deslizamentos de terra provocados por chuvas torrenciais no Brasil mataram pelo menos 36 pessoas no fim de semana de carnaval no sudeste do estado de São Paulo , disseram as autoridades no domingo

O governo federal já empenhou mais de R$ 60 milhões na força-tarefa criada no litoral norte de São Paulo para atender as cidades atingidas pelas chuvas no último final de semana. O ministro de Porto e Aeroportos, Márcio França (PSB) afirmou nesta sexta-feira, 24, que o valor “certamente vai aumentar muito”, considerando a chegada do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, o maior da Marinha, com a atuação de mil militares e a criação de um hospital de campanha temporário. “Objetivo de Lula é que a gente reformule a forma anterior de deixar acontecer para depois lidar com a situação, estamos aqui para evitar que as coisas aconteçam no litoral de São Paulo. O verão continua, muita gente continua descendo a serra e não tem como impedir as pessoas de usarem seu tempo de lazer. Então esmos fazendo cada um a sua parte”, afirmou o chefe da pasta de Porto e Aeroportos, em conversa com jornalistas.

Nesta sexta, ao lado dos também ministros Sonia Guajajara e Waldez Goés, Márcio França se reuniu com prefeitos de 12 cidades do litoral paulista para ouvir as principais demandas para prevenir os episódios em épocas de chuvas. Os prefeitos são: Luiz Maurício (PSDB), de Peruíbe; Tiago Cervantes (PSDB), de Itanhaém; Márcio Cabeça (REP), de Mongaguá; Ademário Barreto (PSDB), de Cubatão; Kayo Amado (PODE), de São Vicente; Raquel Chini (PSDB), de Praia Grande; Rogério Santos (PSDB), de Santos; Válter Súman (PSB), do Guarujá; Caio Matheus (PSDB), de Bertioga; Dinoel (PL), de Eldorado; Gilberto Tadashi Matsusue (PSB), de Juquiá; e Professor Nilton Hirota (PSDB), de Registro. Entre as principais demandas, segundo França, foram citadas aumento da macrodrenagem e novas habitações. A proposta é que os chefes administrativos tenham uma nova reunião com os ministros em 15 dias, em Brasília.

“Governo está mobilizado e presente, mas é preciso que essas questões de desastres e monitoramento a gente possa estruturar sistema de alerta, tem que ser no município. Precisamos de alertas estruturados, de sirenes, de tecnologia e educação [dos protocolos]”, também defendeu Waldez Góes, ministro do Desenvolvimento Regional. Como a Jovem Pan mostrou, o titular da pasta argumenta que a população deve ser educada para seguir os protocolos emergenciais. “Tem que ter a consciência de que na hora que tocar a sirene tem que evacuar e sair da área”, afirmou Góes. Só o esforço da Defesa Civil de dar alerta não resolve. Uma das coisas é que essas áreas de risco são 14 mil pontos só medidos pelo Ministério de Minas e Energia. Precisamos começar com os municípios a instituir e estruturar sistemas de alerta. Não basta só sistema, tem que ter preparação da comunidade”, acrescentou. Neste sábado, 25, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve visitar o litoral norte de São Paulo. A previsão é de mais chuvas para a região nos próximos dias.

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