Governo zera tarifa de importação de seringas e agulhas

Câmara de Comércio Exterior também suspendeu a sobretaxa de importação dos produtos descartáveis originários da China

  • Por Jovem Pan
  • 06/01/2021 14h40 - Atualizado em 06/01/2021 14h44
ANDRE MELO ANDRADE/IMMAGINI/ESTADÃO CONTEÚDO - 16/12/2020 Ministério da Saúde conseguiu fornecedores para apenas 2,3% de seringas e agulhas necessárias

O Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou nesta quarta-feira, 6, a tarifa de importação de seringas e agulhas até 30 de junho de 2021. O Ministério da Saúde tem tido dificuldades para adquirir a quantidade de materiais necessários para o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Na primeira compra, a pasta conseguiu fornecedores para apenas 2,3% de seringas e agulhas necessárias. Após o fracasso da compra dos materiais, a Saúde pediu ao Ministério da Economia para que o conjunto fosse inserido no rol de itens essenciais para combate à Covid-19, e que, portanto, pudessem ter a exportação impedida.

Em reunião extraordinária realizada nesta quinta, a Camex incluiu os produtos na lista de reduções tarifárias temporárias, que tem como objetivo facilitar o combate à pandemia do coronavírus no país. A lista contempla 303 produtos como luvas, álcool em gel e máscaras. Além de zerar a tarifa, o Comitê-Executivo deliberou sobre a suspensão da sobretaxa (antidumpimg) de importação brasileira de seringas descartáveis originárias da China. Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro informou que o Ministério da Saúde suspendeu compras de seringas para a aplicação das vacinas contra Covid-19 “até que os preços voltem à normalidade”. O presidente afirmou que o valor disparou após a pasta demonstrar interesse em adquirir o material. “O Brasil consome 300 milhões de seringas por ano. Também somos um dos maiores fabricantes desse material. Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade”, escreveu Bolsonaro em uma rede social.

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