Greve dos caminhoneiros provoca desabastecimento em farmácias

  • Por Jovem Pan
  • 23/05/2018 17h55 - Atualizado em 23/05/2018 17h56
Agência Brasil Após reajuste de 10% a partir de abril, medicamentos puxaram a alta da inflação no mês Farmácias e drogarias do Brasil já começam a sentir os efeitos da greve dos caminhoneiros

A greve dos caminhoneiros, que já está no terceiro dia, segue influenciando em diversos setores da economia. Nesta quarta-feira (23), a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) emitiu nota para comunicar que muitos estabelecimentos já estão sofrendo com a falta de produtos essenciais.

Segundo a entidade, um dos principais problemas refere-se aos medicamentos termolábeis, que devem ser mantidos refrigerados e necessitam de temperatura estável até serem entregues. Com a paralisação, eles podem acabar estragando.

A nota, assinada por Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da associação, deixa claro que os protestos são legítimos “desde que não atinjam direitos básicos da população” e pede que o movimento grevista entenda a gravidade da situação.

Além do setor farmacêutico, aeroportos, supermercados e outros estabelecimentos comerciais, como postos de gasolina, já sofrem com os efeitos dos protestos, que ainda não tem data para terminar, uma vez que os grevistas seguem conversando com representantes do Governo para decidir se encerram ou não a greve.

Veja a nota completa:

“Em defesa do acesso da população à saúde, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) vem a público alertar para a grave realidade gerada pela greve dos caminhoneiros, que já completa três dias. Farmácias e drogarias de todo o país já sofrem com o desabastecimento de produtos essenciais.

Um dos principais problemas referem-se aos medicamentos termolábeis, que devem ser mantidos refrigerados e necessitam de temperatura estável até o seu destino final – algo impossível de ser garantido com um veículo travado nas estradas.  

Na manhã desta quarta-feira, dia 23, veículos que transportavam medicamentos dos distribuidores e centros de distribuição até os pontos de venda chegaram a ser apedrejados, e seus motoristas agredidos fisicamente. Se levarmos em conta somente as maiores redes do país, afiliadas à Abrafarma e que cobrem 90% do território brasileiro, mais de 6,3 milhões de unidades têm deixado de ser entregues diariamente. São 2,4 milhões de consumidores que veem seu atendimento comprometido.

Entendemos que protestos de qualquer categoria profissional são legítimos, desde que não atinjam direitos básicos da população. Solicitamos à coordenação do movimento grevista que entenda a importância de se manter a população com acesso a produtos tão essenciais quanto medicamentos. 

Sergio Mena Barreto
Presidente Executivo da Abrafarma”

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