‘Grupos de interesses corporativos estão impedindo reforma há décadas’, afirma Paulo Guedes
“Grupos de interesses corporativos privilegiados têm impedido a reforma [da Previdência] há décadas”, declarou na tarde desta quarta-feira (20) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele conversou com jornalistas na portaria da sede da pasta, em Brasília.
O ministro afirmou ainda que “menos de 6 milhões de pessoas têm impedido uma reforma que pode ajudar 200 milhões de brasileiros e esses menos de 6 milhões têm tido sucesso porque mentem, jogam com falsidades, com coisas que não são corretas”.
Segundo Guedes, surgirão críticas “aqui e ali” à reforma apresentada, mas a imprensa precisará mostrar que os grupos de interesse têm impedido mudanças há décadas. A proposta de mudanças previdenciárias foi entregue mais cedo ao Congresso Nacional.
Qualificando a imprensa como “quarto poder”, ele afirmou que jornalistas têm um papel “definitivo” a ser “jogado”, o de ajudar a esclarecer os mal-entendidos. “A reforma é essencial. Essa nova Previdência é essencial, porque a antiga, antes de o País envelhecer, já está na ameaça de insolvência. Então, vocês [jornalistas] têm o papel de esclarecer.”
Guedes citou ainda uma série de benefícios a serem trazidos pela proposta: redução de desigualdades, remoção de privilégios, redução do espaço para fraudes, democratização da poupança, aceleração do crescimento no futuro e redução de encargos trabalhistas.
Conforme afirmou, o regime de capitalização vai aumentar a produtividade do trabalho, porque haverá acúmulo de capital. “Se é isso, vocês [da imprensa] têm que estudar isso, e não ficar só criticando. Porque a reforma da Previdência está pronta para ser feita há meses, e o tempo passando, e estamos afundados neste buraco”, disse.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.