‘Haverá festas de Réveillon e Carnaval no Rio se cronograma de vacinação for seguido’, diz Paes

Prefeitura pretende vacinar todos os adultos do município até o fim de outubro; político ressalta que o cumprimento do calendário depende da estabilidade na entrega de imunizantes pelo Ministério da Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2021 12h52 - Atualizado em 14/05/2021 17h29
JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 14/05/2021 O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com máscara durante coletiva de imprensa O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, chamou o novo cronograma de vacinação de 'conservador'

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), comentou nesta sexta-feira, 15, o novo cronograma de vacinação contra a Covid-19 divulgado pela prefeitura na tarde de quinta-feira, 14. De acordo com o anúncio, a cidade do RJ tem recebido constantemente doses de imunizantes suficientes para finalizar o calendário vacinal até outubro. A expectativa do governo é de que, a partir de 31 de maio, pessoas sem comorbidades comecem a ser vacinadas e que, em outubro, 90% da população adulta do município já tenha recebido ao menos a primeira dose. “Chegando nessas condições [de 90% dos adultos vacinados], nós podemos ter Réveillon, podemos ter Carnaval”, afirmou Paes. O prefeito ressaltou que a realização do novo cronograma depende da estabilidade da entrega de vacinas por parte do Ministério da Saúde. O Rio tem recebido doses da CoronaVac e da vacina de Oxford, e ambas já apresentaram problemas de distribuição por falta de insumos.

Contudo, Paes não considera que o calendário seja “excessivamente otimista”. “É uma visão, eu diria, até conservadora. A nossa capacidade de vacinar é muito maior que essa”, apontou. “Se tivermos ainda mais tranquilidade na chegada de imunizantes, de verdade, dava para ser [uma meta] mais arrojada ainda”, acrescentou. Até o momento, cerca de 25,9% da cariocas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O prefeito ainda comentou a polêmica sobre o novo cronograma não incluir os profissionais da educação entre os grupos prioritários. “Tínhamos incluído os profissionais de educação entre os grupos prioritários, dada a importância que damos à volta às aulas. Mas houve uma decisão do Supremo Tribunal Federal para que interrompêssemos. A opinião da prefeitura é de que os professores deveriam continuar nesses grupos prioritários, mas precisamos respeitar a decisão”, explicou. No último dia 6 de maio, o Superior Tribunal Federal (STF) suspendeu a imunização de profissionais da educação, agentes da segurança pública, motoristas e cobradores de ônibus e do transporte escolar e trabalhadores dos serviços de limpeza urbana, afirmando que não houve critério técnico para tal decisão. Paes disse que a prefeitura já decorreu da decisão e, caso o STF mude de ideia, o calendário poderá ser adaptado.

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