IBGE: Um milhão de pessoas voltaram a procurar emprego na 2ª semana de agosto

Segundo a pesquisa semanal, o número de trabalhadores informais aumentou em 100 mil pessoas no período

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2020 11h21 - Atualizado em 04/09/2020 11h22
Tony Winston/Agência Brasília Mão pressiona aparelho de captação de digital ao lado de uma carteira de trabalho Ao todo, 4,3 milhões de pessoas que estava afastada por causa do isolamento social

Com a retomada das atividades econômicas, um milhão de pessoas voltaram a procurar emprego durante a segunda semana de agosto, na comparação com o período anterior. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 4, mostram que uma parcela dessa população conseguiu se ocupar, mas a restante foi para a desocupação, aponta a pesquisa semanal da PNAD COVID-19. “Uma parte dessas pessoas conseguiu se ocupar, mas o restante foi para desocupação. Embora pouco significativo, tivemos um leve aumento da população ocupada (82,1 milhões) e da desocupada (12,9 milhões), e uma discreta diminuição da população fora da força de trabalho (75,4 milhões). Isso sugere, como já tínhamos observado na semana passada, uma leve retomada das atividades econômicas e da recuperação do emprego”, analisou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

A retomada também é observada nos dados de informalidade. Na segunda semana de agosto, 28 milhões de pessoas estavam trabalhando de forma informal, o que representa um leve aumento ao registrado na semana anterior, em que 27,9 milhões de pessoas estavam informalmente ocupadas. A taxa de informalidade ficou em 34,1%. No início de maio, 30,0 milhões trabalhavam de forma informal. A pesquisa considera, entre os informais, empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente. Enquanto isso, os demais indicadores da pesquisa mostram estabilidade dos dados entre a primeira e segunda semana de agosto. Ao todo, 4,3 milhões de pessoas que estava afastada por causa do isolamento social. Por outro lado, aumentou para 2,7 milhões o grupo que estava distante do trabalho por outro motivo, seja por licença maternidade ou doença. O contingente de ocupados que trabalhavam de forma remota ficou estável (8,3 milhões).

Estudantes

A divulgação semanal da PNAD Covid-19 também trouxe dados sobre a frequência e realização de atividades por estudantes matriculados em escolas e universidades. Dos 45,8 milhões de estudantes que frequentavam escolas ou universidades, 36,8 milhões (80,3%) tiveram atividades escolares na segunda semana de agosto, um aumento de 1,6 milhão na comparação com a semana anterior. Além deles, 16,6% dos alunos não tiveram atividades escolares e 3% estavam de férias no período. Entre as regiões, o Norte possui o menor percentual de estudantes com atividades escolares,com 56,2% de abrangência. Ao mesmo tempo, outros 39% ficaram sem atividades no período, o que corresponde a 1,8 milhão de estudantes. Nas outras regiões, o percentual de estudantes com atividades escolares cresceu, atingindo: no Nordeste, 73,8% tiveram atividades; no Centro-Oeste 85,8%; no Sudeste 86,6%; e no Sul 92,1% de alunos com atividades.

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