‘Imagens causam indignação e revolta’, diz Damares sobre homem negro morto por seguranças no Carrefour
João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte na noite desta quinta-feira, 19, dentro de supermercado na zona norte de Porto Alegre
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves classificou com “chocantes” e que “causam indignação e revolta” as imagens que mostram João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, sendo morto por seguranças do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. O crime ocorreu na noite desta quinta-feira, 19, véspera do Dia da Consciência Negra. Em manifestação no Twitter, Damares disse se solidarizar com a família da vítima e afirmou que o ministério está formulando novas políticas para tratar dos direitos humanos de vítimas de crimes. “Chega de violência, chega de tanta barbárie. Temos muito trabalho pela frente para mudar essa realidade no país. Me solidarizo com a família e coloco o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos à disposição para prestar toda assistência necessária. Sintam-se abraçados por nós”, escreveu a ministra, que também usou o seu perfil na rede social para parabenizar a Polícia Civil do Rio Grande do Sul pela “rápida resposta e prisão dos responsáveis.”
A vida de mais um brasileiro foi brutalmente ceifada no estacionamento de um supermercado, no Rio Grande do Sul. As imagens são chocantes e nos causaram indignação e revolta.
— Damares Alves (@DamaresAlves) November 20, 2020
As imagens que mostram João Alberto sendo assassinado causaram revolta e manifestações nas redes sociais nesta sexta-feira, 20. O homem morreu após ser espancado nas dependências do supermercado Carrefour, no bairro Passo D’Areia, na zona norte de Porto Alegre. João teria se envolvido em uma discussão com uma funcionária do caixa e dois seguranças foram acionados. Segundo a Brigada Militar, o homem negro foi levado para o estacionamento e espancado. Os dois envolvidos foram presos pela Brigada Militar — um dos suspeitos é PM temporário. Em nota, a corporação afirmou que o PM “não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento”, mas sua conduta será igualmente avaliada “com todos os rigores da lei”. Ainda durante a madrugada desta sexta-feira, 19, o Carrefour publicou uma nota e classificou o assassinato como “brutal”, afirmou que o responsável pelo comando da loja será demitido e a empresa terceirizada responsável pela segurança terá o contrato rompido.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.