‘Imagens são horripilantes’, diz secretário de Segurança do Rio Grande do Sul

Prefeito de Porto Alegre e governador do Rio Grande do Sul também se pronunciam sobre o assassinato de João Alberto Freitas em supermercado; Eduardo Leite (PSDB) fala em ‘excesso de violência’

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2020 14h54 - Atualizado em 20/11/2020 15h55
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Reprodução: Redes sociais João Alberto Freitas, homem negro de 40 anos, foi espancado até a morte em supermercado da rede Carrefour

O secretário de Segurança de Porto Alegre, delegado Ranolfo Vieira Júnior, se pronunciou no Twitter, nesta sexta-feira, 20, sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas por dois seguranças em um supermercado do grupo Carrefour, em Porto Alegre. Na mensagem, Vieira Júnior destacou que o fato será apurado, reforçando que “não podemos admitir ações dessa natureza”. “As imagens são horripilantes, a Segurança Pública de nosso estado fará tudo para o seu total esclarecimento”. Além dele, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), o prefeito da capital, também usou as redes sociais para consolar a família da vítima e lembrar a importância do Dia da Consciência Negra, comemorado neste feriado. “Meus sentimentos à família e amigos do João Alberto Freitas. Neste dia da Consciência Negra, em que deveríamos celebrar o povo negro e refletir sobre igualdade e respeito, infelizmente acordamos com esta notícia lastimável”, afirmou Marchezan Júnior.

Por meio de um vídeo publicado no canal oficial do governo gaúcho no YouTube, Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, se posicionou sobre o ocorrido. “Infelizmente, neste dia em que deveríamos estar celebrando as políticas públicas contra a intolerância, nos deparamos com cenas que nos deixam indignados pelo excesso de violência que levou à morte um cidadão negro na capital gaúcha”. Nas imagens, o governador aparece acompanhado pelo comandante da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel Rodrigo Mohr Picon, e pela delegada Nadine Tagliari Farias Anflor, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que prestam esclarecimentos. Segundo ela, “as circunstâncias do crime estão sendo apuradas com rigor para que sejam punidos os responsáveis”, destacando que “hoje, a Polícia Civil dá uma resposta à essa intolerância”. Já o comandante da Brigada Militar explicou que um dos responsáveis pelo crime é um policial militar temporário, ou seja, que trabalha internamente, com assuntos administrativos na corporação. Por isso, Rodrigo Mohr Picon ressaltou que “no momento ele não estava agindo no vínculo com o Estado, mas deve ser retirado da corporação e terá que responder civilmente pelo crime”, concluiu.

Nesta quinta, João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, foi espancado e morto por dois seguranças brancos em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A Brigada Militar informou que o espancamento foi iniciado após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do estabelecimento. De acordo com a Polícia Civil, os dois suspeitos são Magno Braz Borges e o policial militar Giovani Gaspar da Silva. Ambos foram presos em flagrante. Eles são funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviços para a rede de mercados, a Vector Segurança. Em nota madrugada desta sexta, a rede de supermercados informou que a loja onde aconteceu o caso será fechada e a empresa responsável pela segurança terá o contrato rompido. “O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada”.

Confira o vídeo publicado por Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul:

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