Impasse adia votação de MP que prorroga redução de jornada e salários

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2020 21h13
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ITACI BATISTA/Estadão Conteúdo Carteira de trabalho Governo paga uma quantia ao trabalhador, para repor parte da redução salarial e, ao mesmo tempo, reduzir as despesas das empresas durante a pandemia

A sessão do Senado, prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira (10), foi cancelada após imbróglio envolvendo a Medida Provisória 936, que prorroga a redução da jornada de trabalho e de salários ou suspensão do contrato do empregado por até três meses.

Na sessão de ontem (9), o relator da matéria, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), pediu fosse votada hoje, entendendo que havia urgência em sua aprovação. Os senadores concordaram, mas hoje alguns deles mostraram divergência com trechos do texto. O impasse provocou o adiamento da votação.

A MP será apreciada em plenário na próxima terça-feira (16), em sessão marcada para às 14h. Segundo nota da Presidência do Senado, houve acordo entre os líderes e o relator. Vanderlan, também em nota, afirmou que o texto estava pronto e que havia sido concluído após conversar com entidades, sindicatos, senadores e governo.

“Todos os pontos polêmicos já estavam pacificados, mas devido às mais de mil emendas apresentadas e à complexidade da matéria, a votação acabou sendo retirada da pauta. Como sempre venho pregando o equilíbrio em todas as ações no Senado Federal, acato a decisão da maioria e mantenho aberto o canal de diálogo com todos os interessados nessa matéria”, disse o senador.

Medida

A MP, editada para minimizar os impactos financeiros da atual epidemia, permite redução da jornada de trabalho e de salários e também a suspensão do contrato do empregado por até três meses. Nesse caso, o governo paga uma quantia ao trabalhador, para repor parte da redução salarial e, ao mesmo tempo, reduzir as despesas das empresas em um período em que elas estão com atividades suspensas ou reduzidas.

O relator, ainda na sessão de ontem, pediu a votação da MP na sessão que ocorreria hoje, mostrando preocupação com o prazo de pagamento dos auxílios, que expirou no primeiro dia de junho. Vanderlan teme que a prorrogação da validade da MP garanta tempo para votação, mas não o adiamento da suspensão dos contratos de trabalho e pagamento dos auxílios.

* Com informações da Agência Brasil

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