Inep defende manutenção das datas do Enem após pedido de adiamento

A entidade alerta que postergar ainda mais o exame pode comprometer o início do ano letivo das universidades federais e inviabilizar adesão ao Prouni, Sisu e Fies

  • Por Jovem Pan
  • 09/01/2021 20h53 - Atualizado em 09/01/2021 20h54
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ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Um celular aberto no site do INEP na frente de uma tela de computador com o mesmo site aberto O MPF defende que, mesmo com medidas de prevenção à Covid-19, realização do exame é arriscado

O Inep defendeu a manutenção do calendário atual do Enem, cujas provas estão previstas para acontecer nos dias 17 e 24 de janeiro. “A realização do exame na data marcada é perfeitamente possível e segura para todos os envolvidos, não havendo riscos de ordem sanitária”, declarou a entidade responsável pela organização. O Inep defendeu ainda que houve “um esforço institucional redobrado na adoção e implementação efetiva de todas as medidas de segurança previstas na legislação quanto à prevenção e combate à Covid-19“. As declarações foram feitas depois que a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal (MPF) pedirem o adiamento do Enem à Justiça Federal de São Paulo.

O argumento do processo é que “não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos da Covid-19”. Essa defesa se soma a uma enquete realizada pelo Ministério da Educação (MEC) que indicou uma preferência pela realização do Enem em maio entre os candidatos inscritos. Apesar disso, a prova acabou sendo marcada para janeiro, para evitar atrasos nos calendários das universidades, e agora entra em conflito com a segunda onda de infecções pelo novo coronavírus.

O Inep afirma que “reorganizar um calendário a nível do Enem é fragilizar e colocar em risco políticas públicas dela decorrentes”, fazendo referência assim à utilização da nota da prova em programas educacionais do país, como o Prouni, o Sisu e o Fies. “Um novo adiamento do Enem pode inviabilizar o início do ano letivo nas universidades federais, bem como a adesão aos programas”, justificou a entidade.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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