‘Injustificável e precipitado’, diz defesa de Alckmin sobre indiciamento da PF

Ex-governador é indiciado pela polícia por suspeita de participar de lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva

  • Por Gabriel Bosa
  • 16/07/2020 20h24 - Atualizado em 16/07/2020 20h29
Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo Ex-governador fala com jornalistas Ex-governador foi indiciado por supostas irregularidades nas obras do Metrô de São Paulo e Rodoanel

A defesa do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o indiciamento da Polícia Federal (PF) por suspeitas de participação em lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva é “injustificável e precipitado”. Os advogados Marcelo Marins de Oliveira e José Eduardo Rangel de Alckmin afirmaram ainda que a ação desta quinta-feira, 16, fere “um dos princípios basilares do Estado democrático de direito: o direto do contraditório e da ampla defesa”. (Leia a nota na íntegra no fim do texto). As acusações contra o tucano foram conduzidos pela Lava Jato após delação de ex-executivos da Odebrecht. Também foram indiciados o ex-tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro, e o ex-assessor de Alckmin, Sebastião Eduardo Alves de Castro.

O indiciamento aponta supostas irregularidades envolvendo obras no Metrô de São Paulo e no Rodoanel. Segundo a PF, além das delações dos empreiteiros, o indiciamento se baseou em prova pericial recolhida nos sistemas de informática do Grupo Odebrecht, análise de extratos telefônicos, obtenção de conversas por aplicativo Skype e ligações telefônicas de Mesa de Operações, analise de documentos indicando a pratica de cartel. De acordo com os advogados, “o ex-governador sequer foi chamado para prestar esclarecimentos que poderiam ter evitado o seu indevido e imerecido indiciamento”.

Confira abaixo a nota na íntegra:

“Injustificável e precipitado o indiciamento do ex-governador Geraldo Alckmin, que, sobretudo, feriu um dos princípios basilares do Estado democrático de direito: o direito do contraditório e da ampla defesa. A ele foram negados o prévio conhecimento dos fatos que teriam ensejado a instauração do inquérito, além do direito fundamental de se defender, assegurado pela Constituição a todo cidadão brasileiro. O ex-governador sequer foi chamado a prestar esclarecimentos que poderiam ter evitado o seu indevido e imerecido indiciamento. Por meio desta nota, além de expressar a sua indignação e reiterar o seu compromisso com os princípios de seriedade, transparência, probidade e modéstia pessoal com que sempre procurou atuar na vida pública, confirma a sua confiança na verdade, que haverá de prevalecer.”

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