Instituto Butantan abre inscrições para voluntários da vacina ButanVac
Primeira fase do estudo deve contar com 418 pessoas; inscritos devem ser maiores de idade e não precisam ser da área da saúde
O Instituto Butantan abriu nesta quarta-feira, 16, as inscrições para voluntários que querem participar dos testes da vacina ButanVac, desenvolvida pelo órgão em São Paulo. Os interessados podem fazer um pré-cadastro pela internet para receber as informações necessárias sobre o estudo e precisam ter mais de 18 anos. Não é necessário que o adulto seja profissional da saúde para participar dos testes. Na “fase A” da pesquisa, iniciada nesta quarta, 418 voluntários serão selecionados para testes de segurança e seleção de dose, que serão feitos na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As fases “B e C” deverão contar com mais de cinco mil voluntários e analisarão as respostas imunes deles às vacinas.
“A ButanVac é um desenvolvimento de um consórcio internacional, o Butantan é o maior produtor desse consórcio, já produzindo grande quantitativo de vacinas, e é a vacina versão 2.0, é uma evolução em relação à primeira geração de vacinas, não só do ponto de vista da resposta imune, mas também da plataforma produtiva. É uma vacina que é feita da mesma forma produtiva da vacina da gripe e isso tem enormes vantagens: primeiro que ela pode estar disponível em grande volume para o mundo e segundo é o custo. O custo é muito menor do que os das vacinas que estão atualmente sendo usadas”, afirmou o presidente do Butantan, Dimas Covas. Segundo o governador João Doria (PSDB), o Estado já produziu 8 milhões de doses do imunizante, que estão armazenadas. Até o fim de outubro, mais 40 milhões devem ser confeccionadas no Instituto Butantan.
O estudo vai comparar a resposta imunológica da ButanVac com outras vacinas, sendo diferente dos outros, que usavam as vacinas e placebos nos participantes. Placebos devem ser aplicados apenas na primeira fase da pesquisa. “O estudo está projetado na sua integralidade para durar 17 semanas, mas isso não quer dizer que ele durará 17 semanas. Como são fases progressivas, você depende de uma fase para poder evoluir para outra e aí você vai analisando a resposta de cada uma dessas fases”, explicou Covas. De acordo com ele, após o término dos estudos — e a depender do resultado deles — o uso emergencial da vacina deve ser submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Vacinação
Nesta quarta, o Estado ultrapassou as 20 milhões de doses aplicadas, com 5.982.990 pessoas com a imunização completa contra a Covid-19, o equivalente a 12,93% da população. O governador voltou a reforçar que até o dia 15 de setembro todos os moradores adultos do Estado serão vacinados. Desde o início da pandemia, 3.509.967 pessoas contraíram a Covid-19 no Estado, que se aproxima da marca de 120 mil mortos pela doença. O boletim epidemiológico desta quarta-feira mostra que a taxa de ocupação nas UTIs do Estado é de 82% e na Grande São Paulo é de 79%. Há 13.005 pessoas internadas em enfermarias no momento.
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