Testamento de vencedor da Mega-Sena que beneficiava viúva condenada pela morte é anulado

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2018 09h09 - Atualizado em 08/02/2018 09h10
Reprodução Renne Sena e Adriana Almeida, acusada de ordenar a morte do ex-marido milionário vencedor da Mega Sena

A 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou nesta quarta-feira (7) o testamento atribuído a Renne Senna, milionário ganhador da Mega-Sena assassinado na cidade de Rio Bonito em 2007.

O TJ-RJ aceitou recurso de familiares de Renne Senna. O testamento beneficiava a viúva do ex-milionário, Adiana Almeira, que foi condenada pelo assassinato. Metade da fortuna ficava para Adriana e a outra metade, para a filha de Renne, Renata Senna.

Segundo o desembargador Elton Leme, relator do processo, o testamento, feito em 2006, é nulo porque favorecia a viúva, Adriana Almeida, que não estava legitimada a receber a herança em razão de ter sido condenada criminalmente pela morte dolosa de Renne.

Marcos Pizarro Ourivio, testamenteiro e inventariante nomeado por Renne, também é réu no processo porque, segundo os autores da ação, tinha interesse na celebração do ato, uma vez que era sócio-gerente da empresa que administrava os bens de Renne. Além disso, as testemunhas levadas por ele eram funcionários dessa mesma empresa.

O pedido na Justiça dos irmãos do milionário era para que 50% dos bens continuassem com Renata e que a outra metade fosse dividida entre eles.

O Ministério Público acusou Adiana Almeida de ordenar a morte de Renne Senna depois que este ameaçou excluí-la do testamento, pois acreditava estar sendo traído. Outras cinco pessoas foram acusadas.

Em 2016, ela foi condenada por um tribunal do júri a 20 anos de prisão e cumpre a pena em prisão domiciliar.

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