Justiça condena mãe a mais de 60 anos por matar e esquartejar filho com ajuda da namorada

Morte do menino Rhuan foi descoberta após corpo do menino ser encontrado esquartejado dentro de mala na região de Samambaia, no Distrito Federal, em 2019

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2020 15h22
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Polícia Civil do Distrito Federal/Divulgação Mãe de Rhuan e madrasta do menino foram condenadas pela justiça do DF

A Justiça do Distrito Federal anunciou nesta quinta-feira, 26, as sentenças de Rosana Auri da Silva Cândido e Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, namoradas que mataram e esquartejaram o filho de uma delas, Rhuan Maycon da Silva, de 9 anos, em Samambaia, região administrativa de Brasília, no ano de 2019. A decisão do Tribunal do Júri condenou Rosana, mãe da vítima, a 65 anos e oito meses de reclusão e Kacyla a 64 anos e 10 meses. Ambas foram condenadas por homicídio triplamente qualificado e majorado, lesão corporal gravíssima duplamente qualificada e majorada, destruição e ocultação de cadáver e fraude processual.

As duas rés respondem processo presas e continuarão em prisão preventiva para garantia de ordem pública. Inicialmente, o regime das duas será fechado. A decisão cabe recurso por parte da defesa, que durante julgamento negou mais uma vez a autoria do crime. O menino Rhuan foi morto no dia 31 de maio de 2019 e teve o corpo encontrado esquartejado dentro de uma mala no dia seguinte nas imediações da casa onde morava com a mãe, a madrasta e uma irmã (filha da madrasta da vítima) de oito anos. As duas, que foram consideradas suspeitas do crime após outras partes do corpo da criança serem encontradas dentro de uma mochila na casa da família, tinham fugido do Acre com as crianças em 2015.

Em depoimento à polícia após ser presa como suspeita, a mãe do menino afirmou que sentia ódio pela criança. A principal teoria do Ministério Público do DF é que o crime tenha sido cometido como uma vingança da mulher contra a família do pai do garoto. Antes de morrer, o menino teria sido torturado e tido o pênis arrancado. Ele foi esfaqueado onze vezes pela mãe enquanto era segurado pela madrasta. As duas mulheres ficaram por mais de um ano em celas isoladas na ala feminina do Complexo Penitenciário da Papuda.

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