Por inadimplência, Justiça pede inclusão de Arena Corinthians no Serasa

  • Por Rafaela Lara
  • 18/09/2019 17h11 - Atualizado em 18/09/2019 17h42
Bruno Teixeira/Corinthians A Arena Corinthians foi inaugurada em 2014 e sediou a abertura da Copa do Mundo

Após a Caixa Econômica Federal ingressar na Justiça Federal de São Paulo com um pedido de execução da dívida de R$ 536 milhões da Arena Corinthians S/A, fruto de um empréstimo realizado para financiamento da construção do estádio, localizado na zona leste da capital, o juiz Victorio Giuzio Neto, titular da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou a inclusão do nome da empresa no Serasa.

Segundo o banco, o valor total dívida é de R$ 536 milhões. Para o time paulista, o valor é de R$ 470 milhões.

O juiz também permitiu que, após a quitação de 30% da dívida, o valor restante possa ser dividido igualmente em até 6 parcelas mensais, acrescidas de juros de 1% ao mês.

Ainda neste mês, a Odebrecht fechou um acordo com o Corinthians para a renegociação da dívida referente à construção do estádio do clube. Em recuperação judicial, a construtura prometeu repasse de 100% do desconto que terá neste processo ao clube. Dessa forma, o Corinthians resolve a questão com a construtora, e deixa apenas o financiamento com a Caixa pendente.

Na sexta-feira (13), o presidente do clube, Andrés Sanches, convocou a imprensa para falar sobre a relação estremecida com a Caixa após o Corinthians receber a notificação da Justiça sobre a execução da divida total do financiamento do estádio em Itaquera. Indignado, o mandatário informou que, após a decisão do banco, o acordo verbal estará suspenso e avisou a torcida que a Arena não será penhorada. “Não vamos perder estádio, não deixamos de pagar, não vão tomar nada”, afirmou.

Em nota, o clube afirma, referente ao financiamento realizado com a Caixa, que foi surpreendido pela ação judicial e que o fato demonstra a ação unilateral do banco estatal.

“O clube foi surpreendido por uma Notificação Extrajudicial que reconhece as tratativas [de negociação] e mais recentemente por uma ação judicial, ambas apresentadas concomitantemente no dia 22 de agosto, o que demonstra a ação unilateral adotada pelo banco incompatível com as práticas de mercado considerando que a CEF já recebeu cerca de R$ 158 milhões amortizados pelo clube, destes, R$ 80 milhões foram transferidos entre fevereiro de 2018 até agora, o que demonstra de forma inequívoca que tanto no plano financeiro como no administrativo, a agremiação tem se pautado por total transparência quanto à sua atuação operacional e subordinação a um processo de pagamentos compatível com a realidade financeira do país”, diz a nota.

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