Justiça solta presidente da CNI a pedido da Polícia Federal

A Justiça Federal de Pernambuco mandou soltar o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, na noite desta terça-feira (19). Ele havia sido preso mais cedo, durante a Operação Fantoche, deflagrada contra supostas fraudes em unidades do Sistema S e no Ministério do Turismo.
A Polícia Federal fez o pedido de soltura após a conclusão de buscas e apreensões em endereços ligados a ele e outros investigados, de acordo com a Justiça. Outras quatro pessoas também foram soltas: Ricardo Essinger, José Carlos Lira Andrade, Francisco de Assis Benevides Gadelha e Hebron Costa Cruz de Oliveira.
Responsável pela representação da indústria do Brasil, a CNI é o órgão máximo do sistema sindical patronal da indústria e atua em articulação com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades no Brasil e no exterior.
Segundo informações da PF, um grupo de empresas, sob o controle do mesmo núcleo familiar, atuava desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado “Sistema S”. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.
As investigações apontaram que o grupo utilizava entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar a celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e unidades do Sistema S – que inclui Sebrae, Sesc, Senac, Senai e Sesi.
Os contratos eram, na maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada. A principal beneficiária do suposto esquema teria sido a empresa Aliança Comunicação.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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