Lava Jato denuncia Cabral, a ex-mulher, o irmão e mais 3 por lavagem de dinheiro
A força-tarefa da Lava Jato no Rio denunciou, pelo crime de lavagem de dinheiro, o ex-governador do Estado Sérgio Cabral (PMDB). A acusação alcança Flávio Werneck, dono da FW Engenharia; Alberto Conde, contador da FW; Susana Neves, ex-mulher de Sérgio Cabral; Maurício Cabral, irmão do ex-governador; e Carlos Miranda, um dos operadores do esquema.
Os episódios de lavagem relatados na denúncia se referem ao uso da empresa Survey Mar e Serviços Ltda, ligada a Flávio Werneck, para dar aparência lícita ao pagamento de R$ 1,7 milhão em propina.
As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal, no Rio, nesta sexta-feira (2). “Entre 2007 e 2014, o volume de contratos da empresa com o governo aumentou 37 vezes e incluiu obras expressivas, como a urbanização do Complexo de Manguinhos”, diz o MPF.
O Ministério Público Federal sustenta, na denuncia, que o responsável pela operacionalização dos pagamentos era Alberto Conde, contador da FW Engenharia. Para vablizar o esquema de propina, a empresa Survey foi registrada em nome de sua filha e de um ex-funcionário seu, tendo como atividade principal o reparo e a manutenção de computadores.
No entanto, o próprio denunciado informou que os proprietários, declarados como donos da empresa, não tinham qualquer relação com a atividade econômica supostamente exercida ou ingerência sobre os pagamentos efetuados pela mesma.
“A denúncia elucida que, em verdade, os pagamentos eram realizados por orientação de Flávio Werneck, que depositava na conta do Survey, por meio da FW Engenharia, os valores que seriam depois repassados a outras empresas de fachada”, diz a nota do MPF.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.