Líderes do PSDB no Congresso vão a Temer para defender apoio “institucional”
Logo após reunião das duas bancadas tucanas do Congresso, os líderes do PSDB da Câmara, Antonio Imbassahy (BA), e do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), se reúnem nesta noite com o vice-presidente Michel Temer para defender que o partido dê um apoio “institucional” em um eventual governo do peemedebista.
Cássio e Imbassahy vão dizer a Temer que cabe a ele, caso assuma a Presidência após afastamento de Dilma Rousseff, fazer eventuais convites para filiados ao partido integrarem a sua gestão.
A bancada do PSDB do Senado realizou uma reunião no gabinete da liderança do partido na Casa para fechar questão em torno do apoio ao governo Temer. Participaram desse encontro 10 senadores da bancada – o único ausente foi o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) -, o líder do partido na Câmara, o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (PSDB) e o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).
Conforme relatos obtidos pela reportagem, os senadores concordaram que a participação dos tucanos à gestão do peemedebista terá de ser discutida com a cúpula partidária e não em conversas individuais. Essa entrada no governo, avaliaram, tem de se dar em cima de uma linha programática. O senador José Serra (PSDB-SP), amigo pessoal de Temer cotado para assumir um ministério, aquiesceu com essas premissas.
Mais cedo, durante reunião com a bancada tucana da Câmara, Aécio Neves – que pessoalmente é contra a participação do PSDB na gestão Temer – já tinha sinalizado que a participação do partido deverá ser feita de forma institucional.
“Se amanhã o presidente Michel Temer optar por querer nossa participação, deverá fazer institucionalmente com a direção do partido, que não deverá se opor”, disse o tucano após reunião de quase três horas com a bancada do PSDB na Câmara para discutir como a legenda se portará em um eventual governo do peemedebista
A declaração de Aécio foi um recado direto a Temer de que uma indicação do senador José Serra (SP), principal nome da sigla cotado para integrar o primeiro escalão de futuro governo Temer, deve ser negociada com a direção partidária, e não diretamente com o tucano a ser indicado. No domingo passado, Serra se reuniu a sós com Temer em Brasília.
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