Lula lança Plano Juventude Negra Viva, com ações de 18 ministérios

Trabalho foi articulado pelo Ministério da Igualdade Racial e pela Secretaria-Geral da Presidência da República

  • Por Jovem Pan
  • 21/03/2024 17h19
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Ricardo Stuckert/PR Presidente Lula e ministros durante o lançamento do Plano Juventude Negra Vida Presidente Lula e ministros durante o lançamento do Plano Juventude Negra Vida

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou na manhã desta quinta-feira (21) o Plano Juventude Negra Viva (PJNV), em uma cerimônia no Ginásio Regional de Ceilândia (DF). O trabalho tem a participação de 18 ministérios e foi articulado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) e pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SG). Também participaram a Casa Civil e as pastas de Direitos Humanos e Cidadania, Cultura, Educação, Justiça e Segurança Pública, Trabalho e Emprego, Saúde, Esporte, Povos Indígenas, Cidades, Mulheres e Desenvolvimento Agrário.

Maior pacote de políticas públicas para a juventude negra da história do país, com um investimento de mais de R$ 665 milhões, o Plano lançado pelo presidente Lula tem por objetivo construir ações transversais para redução da violência letal e outras vulnerabilidades sociais que afetam essa parcela da população. O Plano está estruturado em 11 eixos de transversalidade, cada um com metas específicas e ações que integram os diversos órgãos afins, no intuito de promover mudanças estruturantes e duradouras na vida da juventude negra. No total, são 43 metas e 217 ações. O montante de investimento, considerando ações que abrangem a juventude negra, mas não são exclusivas para esse grupo, ultrapassa R$ 1,5 bilhão.

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O presidente Lula destacou a necessidade de se construir um país com menos desigualdade e sem qualquer forma de discriminação. “Não podemos achar normal. Não podemos assistir, apáticos, ao extermínio da juventude negra do nosso país. Queremos nossos jovens vivos, com acesso a todas as oportunidades a que eles têm direito. Queremos um país com mais justiça social, menos desigualdade e sem nenhum tipo de discriminação, seja de raça, gênero, orientação sexual ou qualquer outro tipo”, declarou. “Quando a gente olhar para o ser humano, seja mulher ou homem, seja negro, branco ou pardo, a gente não está vendo uma cor, a gente está vendo um ser humano que tem coração, que tem sentimento, que tem desejo, que tem vontade e que quer viver dignamente e, por isso, precisa ser respeitado”, completou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que o governo faz políticas junto com a população e se aproxima das pessoas para compreender as necessidades reais. “O Governo Federal não faz e não fará política dentro do gabinete. Essa não é a maneira de fazer política. A gente faz política com o povo, a gente faz política na rua, a gente faz política chegando nos territórios, a gente faz política segurando na mão e entendendo o dia a dia da diversidade desse país, que existe e é real”, disse.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o PJNV terá a duração de 12 anos e será renovado a cada quatro anos. Além disso, governadores estaduais poderão aderir ao Plano, firmando o compromisso com a juventude negra em seus territórios e colocando, assim, como localidades prioritárias para o Governo Federal executar as políticas nacionais para este público.

O lançamento ocorreu no Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, celebrado em 21 de março, com o objetivo de reconhecer as lutas e as conquistas dos direitos sociais para todas as raças. Esta data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao Massacre de Sharpeville, que ocorreu na África do Sul em 1960.

 

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