Mackenzie diz que abrirá processo disciplinar após denúncia de aluno que usou suástica em ‘protesto’

Estudante teria trocado imagem de perfil por foto de objeto nazista e usado como justificativa a ‘tirania’ da obrigação de tomar vacina contra Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2021 17h15 - Atualizado em 16/09/2021 17h55
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Bruna Brelaz/Twitter/Reprodução de foto/16.09.2021 print mostrando aluno com foto elencando suástica Universidade afirmou que vai investigar denúncia sobre aluno usando foto nazista em aula online

A Universidade Presbiteriana Mackenzie divulgou nesta quinta-feira, 16, uma nota de repúdio após denúncias serem registradas contra um aluno da instituição que teria utilizado uma foto de suástica para fazer um “protesto contra vacinas” no ambiente escolar. A imagem, que registra uma aula online da instituição, foi publicada nas redes sociais pela presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, e mostra o ambiente da sala de aula com um professor falando e um recorte do chat. Na conversa, há um estudante identificado como “Rafael” com a foto do símbolo nazista. Ele seria aluno de uma turma de direito. “Ele disse estar fazendo um “protesto antivacina”, usando a suástica, afirmando que foi “obrigado” a tomar o imunizante por ser servidor público”, afirmou Brelaz em publicação no Twitter.

Na imagem, é possível ler um trecho do chat no qual uma colega de classe do suspeito aponta a ilegalidade do símbolo. “Como um estudante de direito você deveria saber que é crime o que você fez”, diz. O Centro Acadêmico do curso de direito da universidade usou as redes sociais para se posicionar sobre o assunto e disse que o caso ocorreu nesta quarta-feira, 15, durante uma aula ministrada online. “O Centro Acadêmico João Mendes Júnior repudia veementemente toda e qualquer forma de racismo, sobretudo no curso de um período inegavelmente delicado da história nacional, com constantes ameaças democráticas e proliferação massiva de discursos de ódio, e sobretudo na semana que marca uma das datas mais importantes e sagradas para o judaísmo: o Yom Kipur”, diz trecho do posicionamento.

A nota emitida pela Universidade Mackenzie, por sua vez, afirmou que a instituição repudia todas as formas de discriminação e não tolera protestos que ofendam grupos sociais em nenhuma circunstância. Lembrando da formação cristã e dos 150 anos de existência, a faculdade afirmou que uma investigação sobre o caso será feita. “Informamos que foi aberto um processo disciplinar de apuração do caso de maneira completa e exemplar, garantindo também o amplo direito de defesa. A partir dos resultados da averiguação, decidiremos as atitudes cabíveis, de acordo com o Código de Ética e regulamentos”, pontua trecho do documento divulgado.

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