Mancha de poluição do Rio Tietê aumenta 43% em um ano, aponta relatório

Estudo ainda mostra uma redução de mais 50% da água de boa qualidade, tornando ela imprópria em 21,18% dos 576 km monitorados

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2022 20h34 - Atualizado em 22/09/2022 20h35
Felipe Rau/Estadão Conteúdo Marginal Tietê Estudo no Rio Tietê foi realizado de setembro do ano passado até agosto de 2022

Um relatório divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica aponta que a mancha de poluição do Rio Tietê cresceu 43% em um ano. Agora, ela se estende por 122 quilômetros do rio. Anteriormente era em 85 quilômetros. Nesta quinta-feira, 22, é celebrado o Dia do Rio Tietê. O estudo foi realizado entre setembro de 2021 a agosto de 2022, de Salesópolis até Barra Bonita. Os dados são do Observando Tietê 2022, que ainda mostra uma redução da água de boa qualidade de mais 50%: caiu de 124 quilômetros, em 2021, para 60 quilômetros, na atual medição. A água é considerada imprópria em 21,18%, dos 576 km monitorados. A transferência de sedimentos contaminados acumulados no reservatório de Pirapora do Bom Jesus para o Médio Tietê causou a piora da qualidade da água nas cidades do interior. A carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) nos detritos é bastante alta, além de reunirem esgoto, lixos, agrotóxicos e fuligem de carros. Desde 2010, nenhum trecho do rio registra índice de água de ótima qualidade. O Tietê possui 1.150 quilômetros de extensão, cortando todo o estado de São Paulo, e deságua no Rio Paraná, outro importante rio, na divisa com Mato Grosso do Sul

 

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