Marcola e mais 21 integrantes do PCC são transferidos para presídios federais

  • Por Tiago Muniz
  • 13/02/2019 09h58 - Atualizado em 13/02/2019 12h22
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Estadão Conteúdo JORGE SANTOS/ESTADÃO CONTEÚDO Atualmente, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, está detido em Presidente Vanceslau, no interior de São Paulo

O líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi transferido nesta quarta-feira (13) para um presídio federal em Brasília em uma operação dos governos federal e de São Paulo. Ele estava detido em Presidente Vanceslau, no interior de São Paulo.

Além dele, outros 21 integrantes da organização foram levados para presídios de segurança máxima. Segundo o governo estadual, os criminosos foram escoltados pelo Departamento Penitenciário Federal (Depen) e pela Polícia Militar de São Paulo para as penitenciárias federais. “O isolamento de lideranças é estratégia necessária para o enfrentamento e o desmantelamento de organizações criminosas”, disse o governo em nota.

Também atuaram na ação, as secretarias de Segurança Pública, de Administração Penitenciária, a Força Aérea Brasileira (FAB), o Exército Brasileiro, a Coordenação de Aviação Operacional e o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O trabalho também envolve ações de inteligência em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Condenação

Marcola foi condenado a 232 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, roubo, tráfico de drogas e homicídio.

Em dezembro, ele prestou depoimento à polícia sobre um um plano de ataque a autoridades do estado de São Paulo. Foram identificados pelo menos cinco possíveis alvos dos planos de ataque do PCC.

Entre eles estão o ex-secretário estadual da Segurança Pública Antônio Ferreira Pinto e o atual chefe da pasta de Administração Penitenciária, Lourival Gomes. O deputado estadual Coronel Telhada (PP) também integrava a lista.

As cartas apreendidas no dia 8 de dezembro, em especial, citam ainda o promotor Lincoln Gakiya – que tem atuado no combate à facção – e o coordenador de presídios da região oeste paulista, Roberto Medina. Depois de descobrir o planejamento, o MP notificou todas as autoridades, para que pudessem providenciar reforço na segurança.

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